Crianças que tiveram pais ausentes
nos primeiros meses de vida - seja por morte ou separação do casal - correm
mais risco de fumar e consumir bebidas alcoólicas antes da adolescência, de
acordo com um novo estudo liderado por cientistas do University College
London (Reino Unido).
Estudos anteriores já sugeriam que
adversidades durante a infância têm impacto negativo na saúde física e mental
quando os indivíduos chegam à idade adulta. A ausência dos pais também já havia
sido ligada a um risco aumentado de uso de álcool e tabaco na adolescência e na
idade adulta.
Ainda não havia sido esclarecido,
entretanto, até que ponto a ausência dos pais na primeira infância era um fator
de risco para o início ainda mais precoce de comportamentos pouco saudáveis.
Não se sabia se os impactos na saúde da criança são diferentes quando a
ausência é do pai ou da mãe, ou se variam segundo o sexo da criança, ou com a
idade da perda. A "ausência parental" foi definida como a
"perda" do pai ou da mãe antes de a criança completar 7 anos.
Os cientistas obtiveram dados de
quase 11 mil crianças e constataram que mais de 25% delas haviam sofrido a
"perda" de um dos pais até os 7 anos. A análise dos dados mostrou
que, entre as crianças que tiveram pais ausentes antes dessa idade, a
probabilidade de fumar antes dos 11 anos foi 100% maior, enquanto a
probabilidade de beber álcool foi 46% maior.
A maior parte das crianças não teve
contato com o fumo até os 11 anos. Entre os que experimentaram, a maioria era
de meninos.
*** As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
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