FONTE: Cintia Baio, Colaboração para o UOL (noticias.uol.com.br).
As bactérias
presentes em algumas áreas do nosso corpo são as grandes culpadas pelo mau
cheiro exalado durante a transpiração —sabe aquele famoso "cecê"?
Elas vivem, principalmente, nas glândulas sudoríparas das axilas, couro
cabeludo e virilha, e são suas excreções as responsáveis pelo cheiro
característico do suor.
Essas glândulas, do
tipo apócrinas, estão localizadas próximas da superfície da pele e secretam um
tipo de fluido mais gorduroso e inodoro que costuma ser liberado em situações
de stress emocional, que é um verdadeiro banquete para as bactérias.
Nestes casos, um bom
banho e antitranspirante dão conta de eliminar o mau cheiro.
A notícia ruim é que existem
outros odores que não vem, necessariamente, desse processo e são praticamente
impossíveis de eliminar:
Doença do "peixe
podre".
Imagine cheirar,
diariamente, a peixe podre, mesmo quando toma banho ou usa perfume? Essa é a
rotina de quem sofre de uma doença chamada trimetilaminúria --ou "síndrome
do odor de peixe".
O organismo de quem
tem a doença (aproximadamente 200 mil pessoas no mundo) não consegue
metabolizar, ou seja, "quebrar" a trimetilamina, uma substância
produzida após a ingestão de alguns tipos de alimentos, como peixe, soja e
ervilha.
A doença, que não tem
cura, pode ser genética (causada por um defeito em genes) ou desencadeada por
alterações hormonais e outros problemas.
Excesso de pimenta.
Comidas picantes
também podem intensificar o odor do corpo, principalmente as que contém
capsaicina --substância presente nas pimentas e responsável pelo
"ardor".
Isso acontece porque,
ao ingeri-la, há uma estimulação dos receptores nervosos de nossa boca, que
enganam o sistema nervoso fazendo-o pensar que o corpo está superaquecido.
Para reduzir a
temperatura, começamos a transpirar mais. Resultado: o temido "cc".
Diabetes.
Quando não tratada, a
diabetes pode causar um quadro chamado de cetoacidose diabética. Funciona
assim: quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente para regular o
metabolismo, ele começa a queimar gordura para produzir combustível.
A partir dessa
queima, os subprodutos da gordura começam a aparecer se acumular no corpo.
Esses subprodutos têm um aroma adocicado parecido com maçãs em decomposição. O
cheiro é mais evidente no hálito, mas também é eliminado no suor.
Velhice.
Quem convive com
idosos já percebeu que, à medida que vão ficando mais velhos, eles exalam um
odor bastante característico (e não, necessariamente, ruim).
Alguns cientistas
acreditam que uma das explicações para esse cheiro é que a concentração de uma
substância química chamada 2-nonenal (encontrada no suor e na pele) aumenta à
medida que envelhecemos. E seria essa substância, também presente na cerveja,
que contribuiria para o cheiro "da velhice".
Mau cheiro imaginário.
Agora, imagine um
distúrbio mental onde a pessoa tem certeza que está cheirando muito mal ou
soltou um pum sem querer, só que nada disso é verdade? Isso acontece com quem
sofre da Síndrome da Referência Olfativa: a pessoa acredita que emite um cheiro
ruim.
Uma pesquisa feita
nos EUA apontou que a maioria das vítimas (60%) é mulher e, por volta dos 15
anos, começa a se preocupar com o próprio cheiro.
Alimentos crucíferos.
Alimentos como o alho
e a cebola causam mau hálito como podem deixar a transpiração bem mais fedida.
Isso acontece por que o corpo, ao metabolizá-los, produz substâncias
malcheirosas como o enxofre, que é eliminado pelos poros.
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