Uma péssima notícia para quem gosta de esticar na cama e dormir além da conta compensando as poucas horas dormidas na semana nos finais
de semana ou feriados. Um estudo na Universidade Baylor, no Texas, Estados
Unidos, afirma que dormir mais do que o necessário pode trazer vários danos ao
sistema cognitivo, prejudicando, principalmente, a concentração e o raciocínio.
Cientistas
monitoraram os padrões de sono de 28 alunos e viram que 79% deles dormiam menos
de sete horas em, pelo menos, três dias na semana. Para a autora do estudo,
Elise King, é mito que as ideias surgem na madrugada. Ela cita a ansiedade e
outros danos emocionais como consequências disso.
De
acordo com o estudo, dormir por muito
tempo para compensar o cansaço ou correr atrás de recuperar o sono no fim de semana pode ser então prejudicial porque está
no contrafluxo do funcionamento do organismo: na hora em que deveria despertar,
a pessoa está dormindo. O resultado são efeitos negativos como dores no corpo,
alteração de humor e privação da vida social, no caso da pessoa tirar o fim de
semana ou um feriado para dormir, por exemplo.
Em
entrevista ao jornal Extra, Andrea
Bacelar, médica da Associação Brasileira do Sono, explica que, em média, uma
pessoa adulta precisa dormir entre sete e oito horas por noite para se sentir
descansada. “Muito do que acontece em nosso corpo faz ciclos a cada 24 horas. A
gente não hiberna. Por isso, sono perdido é sono perdido”, afirma.
“Na
noite em que não dormiu, a pessoa teve uma produção excessiva e irregular de
hormônios e de neurotransmissores, alterando o funcionamento do metabolismo. O
organismo como um todo foi afetado, e isso não regenera”, continua a médica.
Segundo
Andrea, se a pessoa se privar do sono no ciclo noturno, o momento fisiológico
ideal para dormir, ela pode compensar cochilando durante o dia. “Mas isso tem
que ser um hábito, É uma forma para não ter grandes prejuízos a longo prazo”,
alerta.
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