FONTE: Gabrielle Galvão, TRIBUNA DA BAHIA.
Pessoas alcoólatras tendem a
comprometer o cérebro, mesmo que não ocasionem a embriaguez.
Pessoas
alcoólatras tendem a comprometer o cérebro, mesmo que não ocasionem a
embriaguez. Dados de um estudo liderado pelo Sistema de Saúde para Veteranos do
Exército de San Diego, nos Estados Unidos, revelam que embora não percebam, os
consumidores de álcool reduzem a velocidade das habilidades motoras, memória de
curto prazo e processamento complexo demonstrando menor autopercepção de danos
do que os que não bebem.
O
neurologista Antônio de Souza Andrade Filho explicou que pessoas com embriaguez
aguda desidratam o cérebro podendo causar um edema. “Ingerindo álcool a
pessoa vai mudando de comportamento, fica eufórico e depois sonolento podendo
levar até um estado de coma”, observou, esclarecendo que, pode ter ainda
desorientação mental ou quadro de confusão mental.
Ele
observou que, aquele indivíduo que usa cronicamente o álcool, além das
repercussões em todos os organismos, afeta diretamente o cérebro. “Porque toda
vez que o álcool age sobre a química cerebral traz consequências em grau de
atrofia de estrutura cerebral”, explicou. Segundo o especialista, os
consumidores de bebidas alcoólicas podem ter demência alcoólica.
De
acordo Antônio de Souza Andrade Filho, o alcoolismo no Brasil é um problema de
saúde pública que deve ser solucionado o quanto antes. “Cada dia mais pessoas
são dependentes dessa droga que destrói a sociedade de maneira assustadora. É
preciso que o Poder Público tome medidas para promover políticas públicas para
acabar com a dependência do álcool que tanto prejudica a população”, afirmou.
Uma
série de fatores podem influenciar o como e o quanto o álcool afeta o cérebro,
como a quantidade e frequência de consumo de álcool, idade de início e o tempo
de consumo de álcool, idade do indivíduo, nível de educação, gênero sexual,
aspectos genéticos e histórico familiar de alcoolismo, risco existente de
exposição pré-natal ao álcool e condições gerais de saúde do indivíduo.
Por
isso, segundo o neurologista, o álcool pode produzir danos após apenas algumas
doses. “Independente da quantidade de bebida alcoólica ingerida o indivíduo
deve estar atentos aos danos causados que este álcool pode causar ao cérebro.
No entanto, altas quantidades de álcool, podem produzir danos graves a saúde”,
ressaltou.
O
estudo sugere que as mulheres são mais susceptíveis do que os homens para
vivenciar os efeitos adversos sob mesmas doses de álcool. “Essa diferença se dá
por conta do diferente metabolismo entre homens e mulheres”, explicou o
neurologista, destacando que, o consumo regular do álcool leva a perdas de memória,
que vão se aprofundando cada vez mais.
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