FONTE: Roberta Pennafort, , CORREIO DA BAHIA.
As imagens do
vídeo está sendo disseminado pelo WhatsApp e o Facebook.
A
família da menina de 12 anos vítima de um estupro coletivo na Baixada Fluminense, na
semana passada, só soube do crime ao ver
o vídeo gravado pelos estupradores e compartilhado em redes sociais. Neste
sábado (6) a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) está procurando a
casa onde ela foi abusada e os autores do estupro.
O
vídeo tem cerca de um minuto e está sendo disseminado pelo WhatsApp e o
Facebook. Mostra a criança cercada por quatro homens nus, enquanto um outro os
filma.
Ela
grita enquanto é estuprada e tenta esconder seu rosto com um almofada. Um dos
estupradores diz: "Cala a boca, se alguém ouvir sua voz vai saber que é
tu." Outro fala: "Tapa o rosto da novinha."
O
estupro teria sido no último domingo, depois de uma festa numa comunidade pobre
da Baixada Fluminense (o nome do município não está sendo divulgado, para a
preservação da vítima). Ela teria sido enganada pelos estupradores, de modo que
ficasse mais no local e fosse violentada. Eles teriam ligações com o tráfico de
drogas local.
A
menina deve prestar depoimento segunda-feira, e encaminhada para exame íntimo.
A denúncia à Dcav foi feita na sexta-feira por uma tia, que contou que a
sobrinha está muito abalada com a violência sofrida, e que, inclusive, pensava
em fugir de casa. Ela não contou à família que havia sofrido o estupro por
vergonha e medo de represálias dos criminosos.
A
delegada Juliana Emerique de Amorim disse que não há dúvida de que houve
estupro e que os responsáveis irão responder não só por este crime (pena de até
15 anos), mas também por terem filmado e divulgado as imagens (pena de até oito
anos).
Quem
armazenou (em celulares ou computadores) e compartilhou as cenas também será
implicado. Provedores e sites estão sendo oficiados para retirar o conteúdo do
ar.
"É
um crime abominável, muito grave, que demanda uma ação imediata. Equipes da
Dcav estão na rua para tentar identificar principalmente o local e os
personagens envolvidos. Não só aqueles que praticaram o ato, mas todos aqueles
que estejam difundindo essas imagens pela internet. Não vou parar as
investigações durante o fim de semana", ela declarou, na sexta, horas após
a denúncia.
"A
gente não quer que a adolescente trave e não fale mais do que aconteceu. Isso
não pode ficar impune. É uma falta não só com a ela e com a família, mas com a
sociedade, que já viu o mesmo crime acontecer há um ano atrás", pontuou a
delegada.
Em
maio de 2016, a Dcav investigou o estupro coletivo de uma menina de 16 anos na
zona oeste do Rio, que resultou na condenação de três homens. Dois estão presos
e um está foragido até hoje.
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