FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Os ativistas marcharam da Praça
da Liberdade de Montevidéu até a Torre Executiva, sede da presidência, com
cartazes de protesto.
Milhares
de pessoas foram à principal avenida de Montevidéu, capital do Uruguai, para
participar da Marcha da Maconha de 2017 e pedir mudanças na legislação do país,
em especial, o avanço no uso da planta em âmbito medicinal.
Os
ativistas marcharam da Praça da Liberdade de Montevidéu até a Torre Executiva,
sede da presidência, com cartazes de protesto. No fim da manifestação, os
organizadores leram um manifesto e exigiram uma "maior vontade política
para habilitar possíveis vias de acesso à maconha medicinal como espécie
vegetal ou complemento alimentar".
O
Uruguai aprovou em 2013, no governo do presidente José Mujica, a lei de
distribuição e produção de maconha que estabeleceu três modos de acesso à
substância: a compra em farmácias, o autocultivo e os clubes de consumo para
usuários.
No
entanto, o acesso à maconha medicinal ainda é restrito. "Isso é legalmente
possível e humanamente necessário para contar com possibilidade de termos
padrões de qualidade, com garantias de 'perfil cannábico' e ausência de
toxicidade", diz o manifesto.
Os
organizadores da Marcha da Maconha no Uruguai pediram que o Ministério de Saúde
"destrave" o caminho para uma produção nacional de cannabis com fins
medicinais. "Desta forma, aqueles com poucos recursos também poderão
comprá-la e não só aqueles que são mais ricos e podem pagar a importação dos
Estados Unidos", afirmaram.
Os
ativistas também citaram a abertura do cadastro para que usuários possam
comprar maconha em farmácias. O processo começou no dia 2 de maio e já tem mais
de 1.400 pessoas, 6.662 autocultivadores e 62 clubes de membros para o consumo
da erva.
Apesar
de reconhecerem que a abertura do cadastramento ocorreu "dentro da
aplicação da lei", os manifestantes afirmam que a quantidade de locais que
distribuem a droga são poucos. Por esse motivo, eles pediram que o governo
melhore a rede de distribuição, fiscalize as duas empresas que venceram a
licitação para produzir a maconha legal e aumente os controles de qualidade e
quantidade da produção.
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