FONTE: Redação/RedeTV!
(http://www.redetv.uol.com.br).
A britânica
Lauren Bates, de 26 anos, não conseguia entender por que suas mãos e pés não
paravam de crescer. Após constantes consultas médicas durante anos, ela foi
diagnosticada com um raro tumor no cérebro, chamado acromegalia, que causa
excesso de produção dos hormônios de crescimento.
"Eu estava comprando novos sapatos toda hora porque os que eu tinha
não me serviam mais", contou Lauren em entrevista ao Mirror. "Não
conseguia entender. Achava que pés parassem de crescer na fase adulta, mas os
meus simplesmente não pararam".
Lauren notou o primeiro sintoma aos 18 anos, quando
o avô lhe deu um anel em seu aniversário, mas em questão de semanas a joia
deixou de servir.
"Eu tinha dor de cabeça constantemente. Estava
treinando para me tornar cabeleireira e determinada a terminar o curso, mas eu
sempre tinha crises de enxaqueca", relembrou a mulher.
Lauren vivia constantemente com problemas de saúde
e autoestima. Mesmo fazendo exercícios físicos quase todo dia e se alimentando
corretamente, ela não entendia por que não parava de ganhar peso.
Aos 22 anos, sem nenhuma resposta aceitável dos
especialistas, Lauren decidiu que tentaria sozinha mudar de vida. "Eu
decidi desistir do meu emprego e ir viajar por 18 meses. Pensei que fazer algo
diferente me ajudaria, mas ficou gradualmente pior. Seis meses antes de
terminar a viagem eu decidi voltar para casa", contou. "Quando
cheguei, minha mãe ficou chocada. Ela disse que eu não me parecia comigo mesma
mais. Meu rosto estava diferente".
De volta ao hospital, Lauren realizou um exame de
sangue que detectou um alto índice de pró-laticínios e foi encaminhada a um
endocrinologista. Algumas semanas depois, em janeiro de 2015, em uma consulta
com o especialista, Lauren descobriu que tinha um tipo de câncer do qual nunca
ouviu falar.
Após comparar algumas fotos de 2007 com as mais
recentes, o médico percebeu grandes diferenças não só nas mãos e pés, mas
também no nariz e no excesso de pele no rosto. O tumor foi encontrado na
glândula pituitária no cérebro e impedia que o órgão controlasse a quantidade
de hormônio produzida.
O tumor, que acredita-se ter se desenvolvido quando
ela estava com 16 ou 17 anos, tinha sete centímetros - muito maior do que o
comum nesses casos, de acordo com os médicos.
"Eles me disseram que eu teria que fazer uma
cirurgia no cérebro e eu fiquei muito assustada. Mas eles também disseram que
eu tinha muita sorte em estar viva, então quis fazer o mais rápido possível.
Eles não poderiam remover o tumor inteiro, mais iam tirar o máximo que
conseguissem".
Duas semanas após a descoberta, Lauren já estava na
mesa de cirurgia. Restou apenas um centímetro do tumor - que foi neutralizado
com quatro semanas de radioterapia. "Isso ajudou de forma absurda. Minhas
dores de cabeça foram cada vez mais raras e eu já estou pronta para voltar ao trabalho
e ao meu curso", contou Lauren entusiasmada.
Além de voltar com os antigos planos, Lauren
decidiu que irá ajudar pacientes com o mesmo problema que ela: este ano ela se
encontrará com eles para uma conversa sobre os sintomas e efeitos de cada
um.
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