FONTE: Flávio Costa e Paula Bianchi, Do UOL, em São Paulo e no Rio (http://noticias.uol.com.br).
Nas prisões
brasileiras, a morte chega mais rápido por meio de uma tosse do que de um
estilete. Em um ambiente caracterizado pela superlotação e estrutura precária
de higiene, onde faltam médicos e outros profissionais de saúde, o
"massacre silencioso" é comandado não por facções, mas por doenças
contagiosas a exemplo de Aids, tuberculose, hanseníase e até mesmo por
infecções de pele.
O caso do Rio de
Janeiro é típico do que acontece em todo o país quando o tema é saúde nas
cadeias: nas 58 unidades penitenciárias do Estado, exatos 517 presos
morreram em decorrências de diversas doenças entre 1º de janeiro de
2015 e 1º de agosto deste ano. No mesmo período, 37 detentos
foram assassinados em suas celas --um índice 14 vezes menor.
Neste contexto, mais
típica ainda foi a morte do alemão Marius Borris Haussmann, 47 anos, dentro da
Penitenciária Milton Dias Moreira --em Japeri, cidade da região metropolitana
do Rio. Condenado por tráfico de drogas, ele estava preso desde o dia 20 de
abril de 2016. Morreu um ano e três meses depois, no último dia 27 de julho,
por complicações decorrentes da tuberculose, apurou a reportagem. Ele também
era soropositivo.
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