No quesito armas, as operações policiais conseguiram um aumento de 77,8%
nas apreensões.
Oito quadrilhas desarticuladas, 64 armas apreendidas, queda de 77
para 73 (decréscimo de 5,2%) nos casos de ocorrências tentadas e
consumadas e 69 pessoas presas em ações de combate a roubo a bancos,
no período de janeiro a setembro deste ano foram os números apresentados
pelos representantes da Secretaria da Segurança Pública (SSP), durante
audiência pública, na terça-feira (31/10), na Assembleia Legislativa da Bahia.
Somente no quesito armas, as operações policiais conseguiram um aumento
de 77,8% nas apreensões, passando de 36 em 2016, para 64 em 2017, com destaque
para o acréscimo de fuzis, que saltou de cinco em 2016 para 14 este ano.
“Esses resultados refletem o trabalho dos nossos policiais e a interação
das forças de segurança”, afirmou o diretor do Departamento de Repressão e
Combate ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil, delegado Marcelo
Sansão, que ainda sugeriu, para o próximo encontro, a presença do Exército, de
fabricantes de explosivos e de proprietários de mineradoras.
Já o coronel Paulo Uzeda, comandante de operações da PM, destacou o
enfrentamento realizado pelas Companhias Independentes de Policiamento
Especializado (Cipe) e também pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).
“O trabalho de inteligência é fundamental para combater essas
quadrilhas, que são muito bem preparadas”, ressaltou.
Promovido pela
Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Alba, presidida pelo
deputado Marcelino Galo (PT), a audiência contou ainda com a participação de
representantes da Polícia Rodoviária Federal, Federação Brasileira de Bancos
(Febraban), Polícia Federal, Banco do Brasil e Sindicato dos Bancários da
Bahia, dentre outras instituições.
De acordo com o
tenente-coronel Raimundo Cerqueira, da Superintendência de Gestão
Integrada da Ação Policial (Siap) da SSP, a construção do Centro de
Operações e Inteligência, em 2016, revela o planejamento para congregar
diversos órgãos.
“É importante a
troca de experiências e de informações.Também são fundamentais
as ações conjuntas e coordenadas no enfrentamento ao roubo a bancos”, disse
Cerqueira, observando ainda que a vulnerabilidade das agências
bancárias facilita a movimentação dessas quadrilhas.
Para Carlos
Campos, representante da Febraban, a impunidade é o que alimenta a
criminalidade, e nesse sentido, acredita ser preciso uma mudança na legislação
que trata do tema. “Classificar como furto qualificado quem estoura um caixa
eletrônico é um absurdo. Em outros países, casos como esses são vistos com
terrorismo, pois são utilizados explosivos e causam grande transtorno à
sociedade”, avaliou Campos.
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