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Existe uma grande diferença entre distúrbio de aprendizagem
e dificuldade de aprendizagem.
O início da vida
escolar é um período delicado e que requer atenção especial dos pais, afinal, a
criança está prestes a iniciar uma rotina completamente nova em busca de
conhecimento e desenvolvimento.
Segundo Ana
Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em
gestão escolar, essa é uma fase de adaptação, que não tem fórmula pronta, cada
criança tem suas especificidades e seu tempo de aprendizagem.
É normal que
algumas crianças aprendem rapidamente, assim como também é normal que algumas
levem um pouco mais de tempo. Porém, em certos casos, em que a criança demora
muito mais tempo para aprender sobre determinada coisa, pode ser um sinal de
problema.
“Cada criança
tem seu ritmo, mas existem alguns casos em que elas demoram mais que o normal
para aprender o que foi ensinado. É bom que os pais e os professores estejam
atentos, para os distúrbios de aprendizagem”, comenta.
Segundo a
psicopedagoga, existe uma grande diferença entre distúrbio de aprendizagem
e dificuldade de aprendizagem, e isso requer atenção redobrada dos pais,
responsáveis e docentes, para que essa criança possa receber o tratamento
adequado e que ajude na sua vida escolar.
Para entender
melhor sobre o assunto, a especialista elenco os 5 principais
distúrbios de aprendizagem.
Discalculia
– é uma desordem neurológica
específica que dificulta a habilidade da criança de compreender e manipular
números, como probleminhas, aplicações e conceitos matemáticos.
Essa desordem
não está relacionada com problemas na visão ou audição, e é definida por alguns
especialistas como uma inabilidade para contextualizar os números.
É importante
aqui, não confundir discalculia com acalculia, que é a perda da capacidade de
calcular causada por danos neurológicos.
Déficit
de atenção – é um transtorno
neurobiológico com causas genéticas que costuma aparecer justamente na
infâncias, mas frequentemente pode acompanhar a pessoa mesmo na vida adulta.
O déficit de
atenção é considerado um distúrbio de aprendizagem, caracterizado pela
incapacidade involuntária da criança em manter atenção no que está sendo
ensinado.
Hiperatividade
– muitos confundem a
hiperatividade com o déficit de atenção, apesar de uma das suas características
ser a falta de atenção, já que a criança hiperativa não consegue prender a
atenção em tudo, ela também quer realizar diversas tarefas ao mesmo tempo, não
dedicando-se 100% a nenhuma delas. O hiperativo é muito agitado e não
consegue ficar parado.
Disgrafia
– a criança que apresenta esse
distúrbio tem como característica uma escrita ilegível, isso decorre que
dificuldades no ato motor da escrita, alterações na coordenação motora fina,
ritmo e movimento, o que sugere um transtorno práxico motor. A criança por
encontrar essa dificuldade e em muitos casos ela vem acompanhada da dislexia.
Dislexia
– é considerada um
distúrbio genético e neurobiológico, que não tem ligação alguma com a preguiça,
falta de atenção ou má educação. O que acontece com criança disléxica é uma
desordem das informações recebidas, que acabam inibindo o processo de
entendimento das letras e interferindo na escrita. O processo de leitura e
escrita, por exemplo, exige duas funções do cérebro, e o disléxico possui uma
limitação em uma delas.
Ana Regina
lembra que para todos os casos citados existem tratamentos que ajudam a criança
a desenvolver suas habilidades e minimizam o distúrbio para que ela possa
aprender da melhor maneira possível. Os pais que suspeitarem de algum dos
distúrbios, devem procurar diagnóstico e tratamento especializado para lidar
com o caso.
“Essa é uma fase
em que os pais devem estar atentos, quanto mais rápido o diagnóstico for feito,
melhor é para criança. Converse com o pessoal da escola e veja como está o
rendimento do seu filho. Tirar nota baixa é normal e acontece, mas se isso
persistir é importante analisar o caso com mais cuidado, somente um
especialista pode dar o diagnóstico exato”, completa a especialista.
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