FONTE: Wanderley Preite Sobrinho, Colaboração
para o UOL, http://noticias.uol.com.br
Rodrigo Rezende de
Moura, 39 anos, era procurado pela polícia suspeito de liderar uma organização
criminosa especializada em roubos, furtos e recepção de combustíveis. No dia 10
de janeiro, quando sua quadrilha foi desmantelada pela Polícia Civil de
Goiânia, ele compartilhou em uma rede social uma selfie na praia com a frase:
"Nem a polícia localiza".
O homem acabou preso
depois de localizado na manhã da sexta-feira (19), escondido em uma casa
para cachorro.
Ao UOL,
a Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) informou
que Moura não ofereceu resistência à prisão assim que encontrado dentro da
casinha de cachorro no quintal de uma residência no Jardim Novo Mundo, em
Goiânia.
De acordo com o
delegado Alexandre Bruno, Moura de fato estava no litoral quando postou a foto.
"Vimos aquilo como uma afronta ao trabalho da polícia." As buscas,
então, foram intensificadas, já que a operação Líquido Dourado, deflagrada
naquele 10 de janeiro, já havia prendido 12 pessoas, incluindo outro cabeça do
esquema, o dono de postos de combustíveis José Leonardo Borges.
A polícia iniciou as
investigações no ano passado em razão do alto número de ocorrências envolvendo
esse tipo de crime. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) estranhou a coincidência
envolvendo 51 casos de roubo a carretas carregadas de combustíveis.
Os motoristas
responsáveis por transportar gasolina, etanol e diesel estacionavam os
caminhões, transferiam o produto para outro veículo e depois registravam
Boletim de Ocorrência como se tivessem passado por um assalto na rodovia.
Por um tempo, o
esquema rendeu muito dinheiro aos envolvidos. Apenas Borges, o dono de postos,
acumula patrimônio de R$ 3,5 milhões. "O prejuízo total calculado é da
ordem de R$ 22 milhões."
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