É muito comum ouvir
mulheres dizendo que estavam menstruadas durante o período de
gestação. No entanto, é possível confundir diferentes tipos de sangramento com
o ciclo menstrual. O aborto espontâneo e sangramento são assuntos mais comuns
do que se pensa. Infelizmente, boa parte das mulheres, por não esperarem passar
pela situação, não se informam o suficiente. Para esclarecer
algumas dúvidas sobre o assunto, confira detalhes e indícios alarmantes sobre o
aborto espontâneo e sangramento na gravidez que separamos para você!
Aborto espontâneo e
sangramento: não é normal e a gestante deve estar atenta.
Nidação.
“Ocorre no período
de seis a dez dias depois da fecundação. O ovo vai lentamente ‘afundando’ no
endométrio, que é uma membrana mucosa, formada por fibras musculares lisas,
provocando um discreto sangramento menos intenso do que o ciclo menstrual
normal, de cor similar a uma borra de café”, explica a ginecologista Caroline
Alexandra Pereira de Souza, especialista em obstetrícia e reprodução humana
pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Implantação.
“É comum notar um
pequeno sangramento vaginal logo no início da gravidez, em torno de 10 a 14
dias após a fecundação. Deve-se a implantação do embrião na parede do útero. A
coloração do sangue é mais clara e a duração do sangramento é menor do que em
uma menstruação normal. Não é motivo para alarde”, ratifica a médica.
Mudanças no colo do
útero.
Quando você está
grávida, mais sangue flui para o útero, por isto o colo do útero pode ficar
mais sensível e sangrar após o sexo ou exame ginecológico.
Gravidez ectópica.
“Algumas vezes, o
embrião implanta-se fora do útero, na trompa. Isto é conhecido como gravidez
ectópica. O embrião fora do útero não sobrevive e sem tratamento pode ocorrer
sangramento vaginal acompanhado de dor pélvica ou abdominal”, explica a
doutora.
Infecções.
“Aquelas que
atingem a vagina e o colo do útero podem resultar em sangramento de cor
parecida com o da menstruação.” Nestes casos, é bom se atentar à textura e ao
cheiro do sangramento.
Aborto.
“Em geral, 15% das
gestações terminam na forma de aborto. O sangramento pode significar um aborto
precoce. Mas não é uma regra, pelo contrário. É importante identificar as
características do sangramento vaginal para saber quando consultar o
profissional obstetra”, afirma Caroline. Em aproximadamente 50% dos casos,
o aborto espontâneo está relacionado a causas genéticas, as
chamadas alterações cromossômicas.
Outros motivos
frequentes são: mudanças endócrinas e anatômicas no sistema reprodutor
da mãe, incompatibilidade imunológica materno-fetal, doenças sofridas pela
gestante, como obesidade e hipertensão, tabagismo, consumo de álcool, uso de
drogas e utilização de medicamentos sem prescrição médica e, até mesmo, a idade
da gestante.
Meses decisivos.
A perda do bebê é mais
comum nos primeiros três meses de gestação. Ela ocorre, geralmente, pela
gravidade de alterações nos cromossomos e malformações não relacionadas a
divisões das células. No primeiro trimestre, nem sempre o útero está totalmente
desenvolvido para receber a criança. Depois desse período mais delicado, o feto
está melhor fixado na parede do endométrio.
“Vários sentimentos vêm
à tona e a mulher necessita de profissionais especializados para acompanhá-la
desde o diagnóstico confirmado até sua recuperação. Há relatos de mulheres que
sofrem o luto a vida toda. Por isso, a família deve ser orientada e acompanhada
na superação dessa dor”, aconselha a enfermeira Leila Maria Vieira,
especialista em pediatria, professora e diretora do Centro da Saúde da
Universidade do Sagrado Coração
Depois de esclarecer
algumas das dúvidas mais comuns sobre o aborto espontâneo e sangramento na
gravidez, não esqueça de consultar seu médico para um acompanhamento preciso e
atencioso!
*** Fontes: Caroline
Alexandra Pereira de Souza, ginecologista; Leila Maria Vieira, enfermeira
especialista em pediatria, professora e diretora do Centro da Saúde da
Universidade do Sagrado Coração
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