A lutadora de MMA
(Artes Marciais Mistas, em português) Joyce Vieira, de 27 anos, teve de usar o
seu conhecimento em artes marciais para conseguir escapar de uma tentativa de
assédio sexual na praia do Braga, em Cabo Frio, a 162 km do Rio de Janeiro.
Na última segunda-feira
(8), Joyce posava para um ensaio feito pela fotógrafa Suellen Alva, 26, quando
notou um homem se masturbando. A lutadora chamou a atenção e foi agredida pelo
homem. Os dois entraram em luta corporal e o homem acabou fugindo. A Polícia
Civil de Cabo Frio está procurando o suspeito, e o caso foi registrado como
importunação sexual pela Delegacia Especializada no Atendimento às Mulheres
(Deam) da cidade.
"No momento que a
gente passou por ele eu olhei e ele estava com o pênis de fora se masturbando.
Eu disse: 'Pô cara, isso não é hora não. Nada a ver'. Ai ele falou: 'Não gostou
não? Vem cá então'. Ele veio para cima de mim. Eu nem pensei porque a situação
foi muito rápida. Quando eu vi já estava brigando e minha amiga começou a
gritar por socorro", explicou Joyce ao UOL.
Segundo ela, a briga
foi interrompida por uma testemunha, que acabou ajudando Joyce. "Um rapaz
entrou na frente para separar e na hora ele (o suspeito) aproveitou para
correr. Minha amiga lembrou que estava com a máquina e tirou as fotos",
disse a lutadora.
Joyce fez questão de ir
até a delegacia denunciá-lo logo depois por ter provas e fotografias que
identificam o suspeito. Segundo a lutadora, o homem já havia assediado um grupo
de cinco pessoas, entre elas uma criança de seis anos, que também estava no
local, antes de discutir e brigar com Joyce. "Depois da repercussão do caso,
outras mulheres me procuraram e mandaram mensagem dizendo que ele já tinha
agido da mesma forma com elas", afirmou.
Suellen disse que só
percebeu o assédio quando a amiga foi tomar satisfação com o suspeito.
"Quando eu vi ele estava a cerca de dois metros da gente se masturbando e
olhando fixamente para nós duas. No momento que ela o repreendeu, ele veio para
cima e começou a fazer gestos e gemidos. Pareceu que ou ele ia tocar ou até
ejacular na gente", comentou.
Para a fotógrafa, a
publicação das imagens foi uma forma de garantir a versão dela e da amiga
contra o suspeito, caso ele seja detido pela polícia. "Eu publiquei na
rede social para conseguir identificá-lo. Depois de 40 minutos, muitas pessoas
compartilharam a publicação e ajudaram a encontrar o perfil dele e passamos
para a polícia", disse.
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