Venezuelanos
estavam no país desde janeiro e trabalhavam sem nenhum tipo de garantia.
Dois homens foram presos em flagrante, na manhã da quinta-feira (18),
suspeitos de manter 10 venezuelanos em situação semelhante ao de trabalho
escravo, em um oficina de manutenção de equipamentos de parques de diversões,
na cidade de Itabuna, sul da Bahia.
De acordo com a Secretaria do Trabalho de Ilhéus, o caso foi descoberto
depois de uma denúncia anônima. A Polícia Federal e integrantes da secretaria
foram até o local, que fica na BR-415, quando flagraram a situação.
Os 10 venezuelanos, 9 homens e uma mulher, estão no país desde janeiro,
de forma regular, mas não tinham autorização para trabalhar. Apesar disso, eles
prestavam serviço no parque sem qualquer tipo de proteção e garantia de
direito.
Ainda de acordo com a Secretaria de Trabalho de Ilhéus, os venezuelanos
moravam no mesmo lugar onde trabalhavam, sem cama ou colchão. Eles ainda eram
obrigados a repassar parte do salário para o pagamento de passagens,
alimentação e serviços de TV e internet. Não há informações da quantia que eles
recebiam.
Os venezuelanos foram encaminhados para a Polícia Federal de Ilhéus, na
mesma região, depois que foram ouvidos pela polícia. Diante da situação, eles
receberão carteira de trabalho do Brasil e três parcelas do seguro desemprego.
Os donos da oficina, um brasileiro e um polonês, foram presos e vão
responder pelo crime de trabalho análogo de escravidão. O caso é investigado
pela Polícia Civil da cidade.
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