As palpitações podem
indicar que é preciso estar alerta com a saúde cardiovascular.
Sentir o coração bater
fora do ritmo é um sinal para investigar se há algo de errado. As arritmias
podem aparecer por diversos motivos e podem se apresentar como taquicardia,
quando o coração bate rápido demais, bradicardia, quando os batimentos são
lentos e, quando estão irregulares, é chamada de fibrilação arterial. A
consequência mais grave das arritmias é a morte súbita.
De acordo com dados da
Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), as arritmias acometem
cerca de 20 milhões de pessoas resultando, todos os anos, em cerca de 320 mil
óbitos por morte súbita no Brasil.
Segundo o cirurgião
cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio
Pires Júnior, os fatores de risco para desenvolver arritmias cardíacas são
diversos, desde o excesso de cafeína até o abuso de drogas que aceleram o
coração, como a cocaína. “Alguns pacientes podem desenvolver arritmias através
de medicamentos para o tratamento de outras doenças, como os que tratam
problemas da tireoide, asma e até hipertensão. O abuso de substâncias como a
cafeína, nicotina, cocaína e termogênicos também podem levar uma pessoa a
desenvolver as arritmias cardíacas”, conta o médico.
Toda a arritmia é
grave?
As arritmias cardíacas
benignas ou esporádicas não precisam de tratamento ou medicação, já que podem
aparecer apenas por alguns instantes, como no caso da ansiedade ou medo.
“Só um diagnóstico
médico pode dizer se a arritmia deve ou não ser tratada, o ideal é procurar um
especialista sempre que identificar que os batimentos cardíacos estão
irregulares”, alerta.
E tem prevenção?
A prevenção para as
arritmias cardíacas é a mesma para qualquer outra complicação cardiovascular, é
preciso adotar hábitos saudáveis.
“Além de abandonar o
cigarro e maneirar na bebida alcoólica, a prevenção de arritmias é feita com
uma alimentação equilibrada e exercícios físicos. A obesidade e o sedentarismo
também podem levar uma pessoa a desenvolver a doença, portanto, é preciso ficar
de olho e fazer a manutenção do peso. Cuidar da saúde emocional também é
essencial para evitar o estresse e impedir que o coração seja sobrecarregado”,
explica o especialista.
A vida de quem convive
com o coração fora do compasso.
Embora cada caso seja
único, pacientes com arritmias cardíacas malignas, que podem colocar em risco a
vida do paciente, precisam de tratamento adequado e acompanhamento médico. Em
muitos casos, a mudança do estilo de vida do paciente pode trazer melhoras
significativas e ser o suficiente para curar as arritmias.
“O tratamento das
arritmias pode ser feito através de medicamentos ou, em casos mais graves, uma
cirurgia pode ser indicada. Alguns dispositivos implantáveis como o CDI
(cardioversor desfibrilador implantável), podem melhorar o quadro das
arritmias. Pacientes com arritmias cardíacas tratadas podem levar uma vida
normal, inclusive praticar exercícios físicos diariamente”, finaliza o
cirurgião.
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