O maior astro do sistema solar pode nutrir ou
prejudicar o seu corpo. O sol nos permite enxergar e ajuda a prevenir certas
doenças, como a osteoporose e alguns tipos de câncer. Além disso, os raios
solares são fundamentais para o funcionamento adequado do coração, cérebro e
sistema imunológico (sistema de defesa de nosso organismo contra agentes
agressores).
A formação da vitamina D, fundamental para o
adequado metabolismo do cálcio e para a manutenção da saúde de nossos ossos,
depende muito da exposição aos raios ultravioleta (UV). Quando isto não ocorre
de forma adequada, nosso organismo eleva os níveis de colesterol sanguíneo para
aumentar a produção desta vitamina. Deste modo, o risco de enfermidades
cardíacas ou doença de Alzheimer, pode aumentar.
Por outro lado, os raios UV podem causar
queimaduras, rugas (envelhecimento precoce) e o câncer de pele. Quando falamos
em exposição solar, o equilíbrio adequado entre a quantidade saudável e nociva
dos raios UV é um dos maiores desafios para nos mantermos saudáveis.
Os tipos
de raios ultravioleta (UV).
Existem 3 tipos de raios UV: UVA, UVB e UVC. Os
raios UVC são bloqueados pela atmosfera, logo, devemos nos preocupar basicamente
com os raios UVA e UVB.
Os raios UVA penetram na pele de uma forma mais
profunda, e estão presentes no sol do início e final do dia, por isso,
erroneamente, são considerados por muitos, como sendo inofensivos. São os
principais responsáveis pelo envelhecimento precoce, e isto ocorre através da
formação de radicais livres, destruição do colágeno (proteína que sustenta a
pele), e ainda, tornando os vasos que nutrem a pele mais finos e frágeis.
Os raios UVB atingem a pele de uma forma mais
superficial e intensa, podendo causar queimaduras de diversos graus. Estão
presentes no sol entre 10 e 16 horas (no horário de verão, entre 11 e 17
horas). A longo prazo, tanto os raios UVA como os UVB podem causar o câncer de
pele. Este tipo de câncer pode ser divido em dois grandes grupos: do tipo não
melanoma (geralmente benignos) e do tipo melanoma (um câncer muito agressivo,
mas potencialmente curável quando detectado precocemente).
O fator
de proteção solar (FPS).
Existem vários tipos de filtros solares, e uma das
principais diferenças entre eles é o seu FPS. Em geral, os filtros solares
protegem apenas contra os raios UVB, no entanto, muitos filtros também protegem
contra os raios UVA. O número do FPS, na verdade, indica o tempo que uma pessoa
pode ficar exposta ao sol sem aparecer uma coloração vermelha da pele, ou até
mesmo, queimaduras solares mais graves. Seus valores variam de 2 até 100: quem
usa um filtro solar com FPS 15, por exemplo, levaria 15 vezes mais tempo para
que a sua pele torne-se vermelha, o que não significa que aquela corzinha
bronzeada, tão desejada por todos nós, não seja obtida.
Sol na
medida certa - o que dizem os dermatologistas?
- Como regra geral, evite a exposição solar das 10
às 16 horas. Lembre-se dos malefícios dos raios UVA, presentes no sol do início
e final do dia.
- Use chapéus, camisetas e filtros solares. Estes
últimos devem ser aplicados meia hora antes da exposição solar. Os filtros
solares devem ser reaplicados a cada duas ou três horas. Embora o tipo racial e
de pele influenciem na intensidade do FPS, recomenda-se que este seja no mínimo
15, oferecendo uma proteção contra os raios UVA e UVB.
- As mãos necessitam de um creme específico. O
ideal são os hidratantes à base de silicone com filtro solar. Os lábios não
devem ser esquecidos, sendo fundamental o uso de um batom hidratante.
- Outros locais do corpo, como pescoço, cotovelos,
joelhos e calcanhares também devem ser devidamente hidratados.
- Evite o uso de guarda-sol ou barracas feitas de
nylon, pois 90% dos raios UV ultrapassam este tipo de material.
- A Sociedade Brasileira de Dermatologia não
recomenda o uso de câmaras de bronzeamento artificial.
- Procure um médico dermatologista caso você
observe o aparecimento de feridas na pele que não cicatrizam, sangram ou quando
ocorrem variações na cor ou forma (bordas irregulares) de manchas e pintas da
pele. Se sua pele é branca, e fica rapidamente vermelha com a exposição solar,
se existem muitas pintas ou sardas, se há um histórico pessoal de exposição
solar prolongada sem a devida proteção, ou ainda, um histórico familiar de
câncer de pele, o risco desta doença é maior.
Quando o assunto é a exposição solar, você não pode
querer demais, mas não pode ter de menos. Um equilíbrio saudável pode não ser
fácil, mas é fundamental.
Autor: Dr. Tufi Dippe Júnior -
cardiologista de Curitiba - CRM / PR 13700.
Dr.
Tufi Dippe Jr
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