No Rio de Janeiro, operação policial flagrou bandidos em ação.
Um grupo armado foi flagrado, na sexta-feira, 12, descarregando um
caminhão roubado na comunidade de Camarista Méier, no Complexo do Lins, zona norte
do Rio. O flagrante da polícia ocorreu 24 horas depois que uma operação
policial prendeu dez pessoas e apreendeu um adolescente, anteontem, por roubo e
receptação de carga roubada.
Na apreensão de sexta, a polícia carioca encontrou uma grande quantidade
de eletrônicos e eletrodomésticos que estavam em uma calçada, a poucos metros
da base da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Nos
últimos seis anos os registros de roubos de cargas aumentaram 86% no Brasil,
passando de 12.124 em 2011 para 22.547 em 2016, aponta a Firjan.
De cada grupo de 88 veículos constantes no Registro Nacional de Transportadores
Rodoviário de Carga, um foi alvo das quadrilhas de roubo de cargas em 2016.
O
problema do roubo de cargas no país se tornou tão grave que, em uma lista de 57
países, o Brasil é apontado como o oitavo mais perigoso para o carreto de
mercadorias, à frente de países em guerra e conflitos civis, como Paquistão,
Eritréia e Sudão do Sul.
Entre
2011 e 2016 foram registrados 97.786 roubos de cargas no Brasil, que geraram
uma perda superior a R$ 6,1 bilhões. Este valor, segundo a Firjan, representa
5,1 vezes o investimento anunciado pelo governo federal em dezembro de 2016
para a modernização e ampliação do sistema penitenciário brasileiro nos
próximos anos.
O
roubo de cargas é um crime que afeta a economia por seus efeitos em cadeia,
resultando em perda de competitividade, com a transferência dos custos extras
para a sociedade através do preço final das mercadorias, destaca a Firjan.
Para
os estados ocorre perda da arrecadação de impostos com a comercialização
clandestina das mercadorias cargas, continua a federação. “Outro impacto social
é o aumento da violência, uma vez que o roubo de cargas vem sendo utilizado, em
alguns estados, para financiar o tráfico de drogas e armas. Além disso, regiões
com grande incidência passam a ser evitadas pelas transportadoras e a
população”, observa.
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