Os
dados do Ministério da Saúde apontam que a porcentagem de obesos na capital baiana
é de 19,9%, maior do que a média nacional.
Uma em
cada cinco pessoas no país está acima do peso. Em dez anos, o número de
brasileiros obesos cresceu 60%. Em 2006 o percentual era de 11,8%, em 2016 o
índice subiu para 18,9%. Os dados do Ministério da Saúde apontam ainda
que a porcentagem de obesos na capital baiana é de 19,9%, maior do que a média
nacional.
Segundo a
endocrinologista e coordenadora do Núcleo de Obesidade do Centro de Diabetes e
Endocrinologia do Estado da Bahia (Cedeba), Teresa Arruti, o que caracteriza a
obesidade é o aumento de tecido gorduroso.
Para saber
o grau de obesidade, a especialista explica que é preciso calcular o Índice de
Massa Corporal (IMC). O cálculo do IMC é feito a partir da divisão do peso pela
altura ao quadrado. Para ser considerado obeso, o paciente precisa ter um IMC
acima de 30.
Conforme a
médica, a obesidade é uma doença multifatorial, que pode ter causa genética,
emocional (stress) e, principalmente, hábitos de alimentação ruim e vida
sedentária. “O indivíduo do século atual vive sob stress, come coisas
processadas e não faz atividade física. Então quando juntam essas três coisas,
a tendência da população é aumentar o peso e ficar cada vez mais obesa”,
completou.
Somente no
Cedeba há quase quatro mil pacientes inscritos no núcleo que trata da
obesidade. São pessoas de todo o estado que vão ao centro, na região do
Iguatemi, em busca de ajuda. Teresa Arruti conta que todo o tratamento é feito
por uma equipe multidisciplinar, composta por médico, psicólogo,
fisioterapeuta, enfermeiro e assistente social. Em sua opinião, é dessa maneira
que todo tratamento de obesidade deve ser conduzido.
Teresa
Arruti chama a atenção para o fato de que a obesidade é a doença com maior
potencial para desencadear outras patologias. Diabetes, hipertensão arterial,
acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, depressão e
hérnia de disco são apenas algumas delas.
A médica
relata que já há casos de crianças de 12 anos acometidas por diabetes
tipo 2 e hipertensão, por conta da obesidade. Antigamente, essas doenças só
afetavam adultos acima dos 40 anos. O vilão é o estilo de vida, no qual a
criança deixa de brincar na rua para passar o dia em frente ao computador e
vídeo-game.
A solução
para reduzir o número de obesos, na avaliação da endocrinologista, seria
praticar atividade física e modificar os hábitos alimentares, principalmente
evitando os alimentos processados.
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