Dez estados já tomaram
medidas para flexibilizar o isolamento social imposto nas últimas semanas como
forma de combater a disseminação do novo coronavírus no Brasil. A conclusão é
de um levantamento da liderança do governo no Congresso Nacional, obtido pelo
EXTRA.
O documento mapeia
ações de flexibilização em Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina,
Maranhão, Distrito Federal, Tocantins, Espírito Santo, Paraíba e Sergipe. Há
ainda outros dois estados, São Paulo e Mato Grosso, que já estudam formas de
pôr em prática uma reabertura.
O Rio deve decidir
sobre o relaxamento amanhã, em uma reunião para definir os critérios da
liberação e como ela vai funcionar para os diferentes setores e municípios. A
informação foi revelada pelo colunista do Globo Lauro Jardim.
Contrapartidas.
No Distrito Federal, a
reabertura do comércio está programada para o dia 3 de maio. É a única unidade
da federação da lista em que uma parte da flexibilização não está valendo a
partir de agora. Os governadores adotaram graus diferentes de reabertura.
Escolas, por exemplo, estão fechadas ainda em todo o país.
Em alguns estados,
precauções de segurança são uma contrapartida. Na Paraíba, foram liberadas
óticas, empresas de produtos hospitalares e concessionárias de carros desde que
sejam fornecidas máscaras para os funcionários. No Espírito Santo, há a mesma
exigência para os 72 municípios em que as prefeituras estão autorizadas a
reabrir o comércio.
Em Goiás, o uso de
máscaras é obrigatório. Em Santa Catarina, hotéis poderão ativar 50% de sua
capacidade total de hospedagem e restaurantes podem reabrir, desde que
mantenham os salões fechados. No comércio de rua, clientes não podem
experimentar roupas, e o número de pessoas nas lojas não pode superar 50% da
capacidade do local.
O presidente Jair
Bolsonaro tem defendido um retorno à normalidade das atividades comerciais.
Bolsonaro vem criticando as medidas dos governadores para reforçar o
isolamento. Na segunda-feira, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou
que o fim da quarentena será “progressivo” e “planejado”, mas não deu detalhes.
Em São Paulo, segundo o
documento da liderança do governo, técnicos estão definindo “quais setores
serão autorizados a voltar a funcionar e quais regiões do Estado terão mais
flexibilidade do que as outras”.
Para isso, seriam
avaliados fatores como importância econômica, vulnerabilidade social e riscos
de saúde envolvidos (como número de casos e a capacidade instalada de UTIs).
Mato Grosso “deve flexibilizar isolamento social já nesta semana”, com base nas
orientações de um decreto estadual editado no fim de março. No estado, as
prefeituras determinaram o fechamento do comércio, e não o governo.
Uma recomendação do
Ministério da Saúde de 6 de abril permite a migração de cidades para um
“distanciamento social coletivo” a partir de 13 de abril, caso os casos não
tenham comprometido mais de 50% da capacidade dos seus sistemas de saúde e
tenham equipamentos de proteção o suficiente para profissionais.
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