FONTE: Do UOL, em São Paulo, (estilo.uol.com.br).

01
O
sexo da vida real não imita os filmes pornôs.
Hoje, é muito
simples para os adolescentes consumirem pornografia na internet. Muitos deles
encaram os filmes como um treinamento sexual. Porém, ao perceber que o filho
está acessando esse tipo de conteúdo, é essencial lembrá-lo que aquilo é uma
encenação e contém altas doses de exagero. "Não pode chegar repreendendo.
É melhor dizer que percebeu que ele estava acessando sites pornôs e perguntar o
que ele acha dos filmes e se acredita que as pessoas se comportam daquela
maneira fora do set de filmagem, por exemplo", diz a psicóloga e sexóloga
Carla Cecarello.
02
O
tamanho do pênis não é tão importante.
A educadora sexual
e diretora do Instituto Kaplan, Maria Helena Vilela, conta que muitas das
perguntas que chegam ao canal de dúvidas do instituto estão relacionadas ao
tamanho normal de um pênis. "É um assunto que aflige muito os meninos,
pois o pênis é encarado como um símbolo de masculinidade. Os adolescentes
precisam que alguém diga para eles que o órgão deles é normal", fala. Uma
abordagem possível é perguntar: 'Na minha época, os meninos tinham muitas dúvidas
sobre o tamanho do pênis. Vocês ainda têm isso?'". Se o garoto concordar,
os pais têm a deixa que precisavam para dizer que o tamanho influencia pouco no
sexo e que o mais importa é a sintonia entre o casal.
03
Sexo
não é sacanagem.
Transar não é
coisa de menino malandro e menina galinha. Maria Helena explica que se deve
evitar relacionar o ato sexual a uma conduta pejorativa ou negativa. O que é
bem diferente de estimular uma relação precoce. "O pai não tem de bancar o
amigo nem deve pedir detalhes da vida sexual do filho. Mas é necessário que os
adultos digam que, se for feito de forma responsável, o sexo é muito bom e
importante para os relacionamentos."
04
Ninguém
deve fazer nada só para agradar o par.
Pais devem ensinar
que não se deve fazer nada que contrarie a própria vontade, apenas para agradar
o par. As meninas, em geral, podem se sentir mais vulneráveis e mostrar mais
dificuldade de resistir ao serem pressionadas a beijar, transar ou mandar fotos
nuas. Mas usar o discurso do medo não é o caminho ("Essa foto vai cair na
internet e todos vão rir de você", por exemplo). O melhor é explicar que
ela só deve entrar nessa se estiver consciente dos riscos envolvidos e nunca
para segurar o ficante ou namorado. "É papel dos pais alertar, contar
histórias de vazamentos de fotos, mas sem fazer terrorismo. A adolescente
precisa de informação para tomar suas próprias decisões", diz a
ginecologista e sexóloga Carolina Ambrogini, do Ambulatório de Sexualidade
Feminina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
05
Pegada
não quer dizer pegada bruta.
"Tem de ter
pegada". É essa a frase que muitos jovens usam para descrever quem é bom
de cama, na atualidade. Mas a pegada pode ter várias conotações e, inclusive,
ser relacionada à violência. "Pegada boa só tem quem que se sente seguro
no que está fazendo. A boa pegada é carinhosa", diz Carla. Diferentemente
do que muitos pensam, sexo não é instintivo, é algo aprendido e que pode ser
aperfeiçoado com a ajuda do parceiro.
06
Homem e mulher funcionam de formas diferentes
Os hormônios
sexuais de cada um diferem, por isso a resposta do corpo durante uma transa não
é igual para meninos e meninas. Garotas podem demorar mais para chegar ao
orgasmo, por exemplo, e precisam ser estimuladas com paciência. "As
meninas especialmente precisam entender que não devem fazer papel de bonecas na
cama, esperando que os garotos lhes deem prazer. Elas têm de conhecer o próprio
corpo e trocar ideias com o parceiro", diz Carolina. Se for difícil para
os pais falarem sobre o assunto, eles podem comprar um livro sobre sexualidade
e deixar no quarto do adolescente.
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