FONTE:
, (www.msn.com).
Famosa sob a alcunha de botox, a toxina botulínica
tipo A tem diversas utilidades além daquela pela qual é mais conhecida. Além de
reduzir as linhas de expressão do rosto, a substância é capaz de atenuar dores
de cabeça e até corrigir o sorriso gengival, sendo cada vez mais aplicada no
tratamento de disfunções odontológicas.
Segundo a professora Tatiane Marega (CROSP 63060),
coordenadora da Capacitação em Toxina Botulínica da Faculdade São Leopoldo
Mandic, o botox é muito utilizado para a diminuição do desconforto facial de
origem muscular e da dor de cabeça com causa tensional. “Os músculos do rosto
podem ser acionados com excesso de força, e a aplicação da toxina deixa-os em
seu estado ‘normal’”, afirma. A ação em relação ao bruxismo é semelhante:
diminui temporariamente a tensão do músculo, evitando também o desgaste do
esmalte dentário.
A professora conta que em pessoas com necessidades
especiais que sofrem de bruxismo a substância é muito empregada, já que em
vários casos os pacientes não conseguem usar a placa miorrelaxante, aplicada no
tratamento convencional. Marega salienta que o uso da toxina ainda não é a
primeira opção nos consultórios odontológicos, mas uma alternativa para quando
os protocolos estabelecidos não oferecem os resultados esperados.
A professora do Curso de Especialização em
Dentística da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD/IESP)
Alessandra Pereira de Andrade (CROSP 59352) explica que as assimetrias faciais
de origem muscular geradas, por exemplo, quando o paciente mastiga mais de um
lado da boca do que de outro, também podem ser amenizadas com a aplicação da
toxina, assim como a suavização do sorriso gengival e a salivação muito
intensa.
A técnica, segundo as especialistas, possui uma
série de vantagens. Por ser minimamente invasiva – é injetada como uma
anestesia, com seringa e agulha, diretamente no músculo –, funciona de forma
rápida e eficaz. A diminuição da dor e da ingestão de medicamentos como
analgésicos e relaxantes musculares também são benefícios da substância.
Como funciona.
A toxina
botulínica inibe a liberação de acetilcolina, uma molécula neurotransmissora,
evitando que as mensagens do cérebro cheguem aos músculos, ou fazendo com que
cheguem com menor intensidade. Ou seja: com a aplicação desta substância, o
“gatilho” para a contração muscular não é ativado. Após a aplicação, o paciente
deve permanecer pelo menos quatro horas sem manipular e massagear a região onde
foi injetada para que a toxina não se dissipe para os músculos vizinhos. A
duração é de em média seis meses. Como não tem caráter cumulativo, pode
ser reaplicada após o término de seu efeito.
O uso da toxina botulínica foi liberado pelo
Conselho Federal de Odontologia em 2011. Por ser tão recente, a utilização
dessa substância ainda não é a primeira opção nos tratamentos odontológicos.
Segundo as especialistas é sempre indicado procurar um profissional que tenha o
preparo específico (curso de especialização) para aplicar a substância, pois
sua manipulação ainda não é um tema abordado nas graduações em odontologia.
Segundo Marega, é importante salientar que o uso da toxina não é indicado para
diversos pacientes, como grávidas, mulheres que estão em fase de amamentação,
pessoas com distúrbios de coagulação de qualquer tipo, entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário