Após a primeira reunião ministerial do Governo do
presidente interino Michel Temer, a
nova equipe começou a anunciar as linhas gerais da nova gestão. Na
sexta-feira (13), vários ministros concederam entrevistas coletivas para falar sobre
os planos e medidas para os próximos meses. O primeiro a se pronunciar foi
Henrique Meirelles, da Fazenda. Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, do
Planejamento, Romero Jucá, e da Saúde, Ricardo Barros, falaram em seguida. Eles
sinalizaram algumas mudanças que podem afetar a vida dos brasileiros:
Aumento
de impostos.
Os brasileiros podem prepara o bolso para mais impostos.
Ao explicar a necessidade de equilibrar as contas públicas, o novo ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, não descartou o aumento de impostos
ou a retomada da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Ele afirmou que, se necessário, um tributo será
aplicado de forma temporária.
Mudança
da idade mínima da aposentadoria.
Meirelles disse que o Governo está estudando uma proposta
de idade mínima para aposentadoria. Hoje os brasileiros podem se aposentar com
a idade média de 55 anos. Desde o início do Governo de Dilma Rousseff discute-se aumentar essa média para 63 anos (60 mulher e
65 anos os homens, ou igualar a idade).
Corte
de subsídios e "bolsa empresário".
O novo ministro da Fazenda indicou que o governo Temer
poderá rever subsídios e incentivos dados a diversos setores, como a desoneração
na folha de pagamento às empresas, durante o primeiro Governo Dilma. A redução
de impostos começou no final de 2008, para tentar estimular o crescimento do
país e compensar os efeitos da crise mundial. Foi estendida na sequência para
incentivar as empresas e evitar demissões. Caso a desoneração seja revista,
empresários podem justificar cortes por aumento de gastos.
Programas
sociais.
Apesar de ter afirmado que os programas sociais não serão
cortados, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que é preciso haver
uma "avaliação bastante forte e bastante cuidadosa" desse benefícios.
"O fato de se manter um programa social não quer dizer que se possa manter
seu mau uso". O ministro do Planejamento, Romero Jucá, também afirmou que
o Governo vai auditar os programas. O objetivo é eliminar eventuais
recebimentos duplicados de benefícios.
Corte
de cargos no Governo.
O ministro de Planejamento anunciou que o Governo do
presidente interino Michel Temer pretende reduzir 4.000 cargos de confiança e
outras formas de contratação sem concurso até o final do ano para equilibrar as
contas públicas. "O que nós temos é uma meta física. Se a gente puder
passar dos 4.000 cargos ou postos de trabalho, nós passaremos", disse
Romero Jucá. Segundo ele, todos os órgãos e empresas públicas terão que reduzir
gastos e apresentar resultados.
Sem
aumento de verbas para a Saúde.
O novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que não
haverá mais dinheiro para a pasta neste ano. "Não vamos ter dinheiro para
tudo, não vamos resolver todas as filas e as macas nos corredores, mas podemos
melhorar a qualidade dos gastos e gestão", afirmou em coletiva na
sexta-feira (13). Para o ministro será necessário usar a criatividade e
melhorar a eficiência do gasto do dinheiro que já existe para a área.
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