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, (www.msn.com).
A vontade de se refrescar durante o verão é tanta que
muitas pessoas acabam apelando para o gelo. E são nesses meses, de dezembro a
fevereiro, que os consultórios odontológicos registram o maior número de casos
envolvendo desgastes da estrutura ou do esmalte dentário, além de trincas ou
fraturas nos dentes, causados pelo hábito de mastigar gelo. Entretanto, muitos
não sabem que o desejo de praticar frequentemente essa ação pode significar
deficiência de ferro no organismo.
O gelo é utilizado, em muitos casos, como uma receita
para microinflamações durante o pós-operatório. De acordo com a
cirurgiã-dentista Aline Gouvea Nogueira (CRO: 16269), ele é o melhor
anti-inflamatório que existe. “Em certas situações, chega a ser superior a
própria medicação”, esclarece. Pessoas com deficiência de ferro no organismo,
como acontece na anemia ferropriva, sentem prazer em mastigá-lo. “Isso ocorre
porque ele alivia as pequenas inflamações na boca do paciente, adquiridas pela
falta da substância no corpo.”
Se o indivíduo percebe um desejo compulsivo de mastigar
gelo (transtorno chamado de pagofagia), significa que ele precisa ir a um
dentista urgentemente. “O profissional, então, vai encaminhá-lo a um
especialista”, afirma Aline. A trituração do gelo feita pelos dentes sempre
traz malefícios à integridade da dentição. “Contudo, a recomendação, para quem
não tem essa vontade incontrolável, é deixá-lo na boca até derreter, como se
fosse uma bala”, aconselha.
Gostar de gelo, segundo a dentista, não é problema: “o
que realmente importa é se há uma compulsão em realizar a ação”. O tratamento
pode ser feito com o acompanhamento de um hematologista, que vai investigar a
deficiência de ferro. Quanto aos problemas odontológicos, ele varia conforme o
diagnóstico do profissional e a intensidade e a frequência de trituração. “Se
há um desgaste do esmalte e o paciente está com sensibilidade vamos deixar seus
dentes saudáveis e tratá-lo. Caso seja mais grave, como uma fratura, pode ser
colocada uma prótese fixa com pino ou um implante”, explica Aline.
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