segunda-feira, 30 de outubro de 2017

NA MEDIDA CERTA, A ANSIEDADE É ALIADA EM SITUAÇÕES DO DIA A DIA, VEJA QUAIS...

FONTE: *** Gabriela Guimarães e Veridiana Mercatelli, Colaboração para o UOL, (http://estilo.uol.com.br).


A ansiedade não aparece apenas para nos fazer sofrer por antecipação à toa. Ela faz parte do nosso sistema de defesa e funciona como um sinal enviado pelo cérebro, avisando que podemos estar em perigo, o que ajuda a encontrar soluções para situações comuns, como as listadas abaixo:

Ao ter que tomar decisões.
Na dose certa, a ansiedade faz com que você preste atenção na situação que está por vir, seja cuidadoso e planeje estratégias eficazes para enfrentar o obstáculo, se esse for o caso. Ela permite avaliar e antecipar os riscos e, dessa forma, nos prepara melhor para encarar a situação e tomar uma decisão ponderada.
Evite: dar um veredito para o que pode acontecer se a ansiedade estiver muito alta. O pensamento acelerado atrapalha o planejamento, o que causa uma indecisão angustiante, por não conseguir escolher qual o melhor caminho a tomar. Melhor responder quando estiver com a ansiedade mais baixa.

Ao ser avaliado.
A ansiedade, quando em excesso, pode bloquear o acesso às informações da memória. Por isso, temos medo de um “branco” em momentos de avaliação -- vestibular ou concurso público, por exemplo. Já em doses bem moderadas, ajuda você a ficar mais atento. E você não corre o risco de ser aquele que chegou depois que os portões fecharam -- a ansiedade faz você estar no local bem antes.
Evite: alimentar-se de forma incorreta e estudar até o último minuto. Esses fatores aumentam a ansiedade e atrapalham seu desempenho. Faça uma checklist com antecedência: no dia anterior, deixe à mão lápis, caneta, documentos para não se esquecer. Não durma tarde ou pouco. Descanse bem.

Ao falar em público.
Por acelerar o pensamento, a ansiedade pode ajudar você a dar respostas rápidas se necessário. E mais: faz prever as piores situações e agir, como gravar a sua apresentação no notebook e em um pen drive, para ter um recurso de reserva se precisar. Você também pode utilizar a excitação para dar entonação à voz e fazer gestos, o que prende a atenção do público e melhora a sua performance.
Evite: desconhecer seus limites. Preste atenção aos sinais que indicam que a ansiedade está saindo do controle antes de entrar no palco: respiração curta, tremor nas mãos e na voz, sudorese.

Como controlar.
Regular a respiração ajuda. Durante um episódio mais agudo, a tendência é respirar de forma curta, como se estivesse ofegante. Além de ineficaz por não oxigenar direito o cérebro, esse tipo de respiração pode levar você a um estado de angústia física. Nesse ponto, entra em ação um círculo vicioso: menos respiração, mais ansiedade, menos respiração ainda, mais angústia física. A dica é fazer várias vezes o exercício respiratório: inspire devagar, contando mentalmente até quatro. A seguir, expire lentamente, soltando o ar, contando até chegar em oito. O importante é manter essa relação do dobro de tempo entre inspiração e expiração.


*** FONTES: Artur Scarpato, psicólogo clínico, especializado em tratamentos de Transtornos de Ansiedade. Claudete Santilli Amancio, psicóloga clínica. Ivanir Maciel, psicóloga. Júlia Bárány, psicanalista. Luiz Scocca, psiquiatra membro da Associação Brasileira de Psiquiatria. 

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