segunda-feira, 15 de julho de 2019

A PERIGOSA BACTÉRIA ENCONTRADA EM 30% DAS GESTANTES...


FONTE: Da Redação, https://www.msn.com

Um bebê sofreu dano cerebral após contrair uma bactéria durante seu nascimento. O caso ocorreu no condado de Surrey, na Inglaterra, em dezembro de 2015. Bethany Ford, mãe do bebê, havia passado por uma gravidez sem complicações. No momento do parto, porém, ela foi submetida a um teste para identificar se possuía a bactéria Estreptococos do grupo B.

Encontrada nos canais gastrointestinal e vaginal de até 30% das gestantes, essa bactéria é inofensiva aos adultos, mas pode ser muito perigosa se contaminar recém-nascidos. Sua transmissão pode se dar tanto durante a gravidez quanto no momento do parto ou amamentação.

Enquanto aqui no Brasil há uma recomendação para que todas as mulheres grávidas passem por exames de detecção entre a 34ª e 37ª semana, no Reino Unido a prática se restringe às gestantes que podem ter parto prematuro ou cuja bolsa se rompeu há mais de 18 horas.

Dando positivo para a presença da bactéria, os resultados do teste de Bethany só ficaram prontos por volta das 18h do dia 17 de dezembro. A essa altura, seu filho, Grayson Harris, já havia nascido.
Ao perceberem que o recém-nascido não parava de chorar, a equipe médica o levou para a UTI Neonatal, onde ele foi diagnosticado com meningite causada pelo estreptococos.

Grayson passou duas semanas retido no hospital, tendo alta na véspera de Ano Novo. Mas pouco menos de um mês havia se passado quando ele voltou a apresentar sinais da infecção, incluindo fraqueza, irritabilidade e perda de apetite.

“As primeiras semanas da vida dele foram incrivelmente traumáticas e nenhum pai ou mãe deveria ver o que filho sofrer daquele jeito”, disse Bethany ao Daily Mail.

De volta ao hospital, exames revelaram que a meningite causou um dano cerebral no bebê, levando a um retardo em seu desenvolvimento. Hoje com três anos, Grayson tende a ser impulsivo e tem rápidas mudanças de humor.

Ele também tem dificuldades de compreensão, o que o leva a se auto-machucar, puxando o próprio cabelo, e não consegue se comunicar direito ou dormir bem. “Quanto mais ele cresce, mais percebemos como ele está atrasado em comparação com outras crianças de sua idade”.

Bethany e seu companheiro, Keith Harris, estão investigando se houve negligência no atendimento que o menino recebeu ao nascer. Ao mesmo tempo, o casal tem pressionado o Sistema Nacional de Saúde britânico para tornar obrigatório o exame de detecção do estreptococos tipo B em todas as grávidas.

“Um simples teste pode ser feito para descobrir se a gestante possui essa condição”, explica Richard Kayser, advogado especialista em negligência médica. “E assim adaptar o plano de tratamento dela para garantir que ela será medicada com antibióticos intravenosos durante o parto para prevenir que a infecção seja transmitida.”

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