sexta-feira, 6 de outubro de 2017

MULHER MORRE APÓS TRABALHAR 159 HORAS EXTRAS EM UM MÊS...

FONTE: Redação/RedeTV! (http://www.redetv.uol.com.br).


A jornalista japonesa Miwa Sado morreu aos 31 anos por insuficiência cardíaca após acumular 159 horas extras em apenas um mês. Funcionária da NHK, a principal emissora de TV do país, Miwa faleceu em 2013, mas só na quinta-feira (5) a empresa reconheceu que o excesso de trabalho contribuiu para o óbito.

Segundo as investigações, a jornalista fez longas jornadas de trabalho e teve apenas dois dias de folga no mês anterior à morte. Nesse período, ela trabalhou na cobertura política e cobriu as eleições da Assembléia Metropolitana de Tóquio e as eleições da Alta Câmara Nacional. Dois dias depois do segundo evento, ela faleceu.

O executivo Masahiko Yamauchi, do alto escalão da empresa, disse à agência de notícias Kyodo News que a demora de quatro anos para se pronunciar sobre o caso se deu por "respeito à família" da jornalista. Para ele, a morte de Miwa é reflexo de um "problema para a nossa organização como um todo, incluindo o sistema trabalhista e como as eleições são cobertas".
Em nota, os pais da jornalista disseram esperar que o caso dela sirva para impedir situações parecidas no futuro: "Ainda hoje, quatro anos depois, não conseguimos aceitar que a morte da nossa filha é uma realidade. Esperamos que a tristeza de uma família em luto não seja em vão".

O caso de Miwa reacendeu o debate sobre o risco do excesso de trabalho no país. Segundo levantamento do governo japonês, citado pelo The Guardian, um em cada cinco funcionários correu risco de morrer por excesso de trabalho somente no ano passado - com colaboradores chegando a ter 80 horas em um mês.

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