FONTE: Redação/RedeTV! (http://www.redetv.uol.com.br).
A jornalista
japonesa Miwa Sado morreu aos 31 anos por insuficiência cardíaca após acumular
159 horas extras em apenas um mês. Funcionária da NHK, a principal emissora de
TV do país, Miwa faleceu em 2013, mas só na quinta-feira (5) a empresa
reconheceu que o excesso de trabalho contribuiu para o óbito.
Segundo as investigações, a jornalista fez longas jornadas de trabalho e
teve apenas dois dias de folga no mês anterior à morte. Nesse período, ela
trabalhou na cobertura política e cobriu as eleições da Assembléia
Metropolitana de Tóquio e as eleições da Alta Câmara Nacional. Dois dias depois
do segundo evento, ela faleceu.
O executivo Masahiko Yamauchi, do alto escalão da
empresa, disse à agência de notícias Kyodo News que a demora de quatro anos
para se pronunciar sobre o caso se deu por "respeito à família" da
jornalista. Para ele, a morte de Miwa é reflexo de um "problema para a
nossa organização como um todo, incluindo o sistema trabalhista e como as
eleições são cobertas".
Em nota, os pais da jornalista disseram esperar que
o caso dela sirva para impedir situações parecidas no futuro: "Ainda hoje,
quatro anos depois, não conseguimos aceitar que a morte da nossa filha é uma
realidade. Esperamos que a tristeza de uma família em luto não seja em
vão".
O caso de Miwa reacendeu o debate sobre o risco do
excesso de trabalho no país. Segundo levantamento do governo japonês, citado
pelo The Guardian, um em cada cinco funcionários correu risco de morrer por
excesso de trabalho somente no ano passado - com colaboradores chegando a ter
80 horas em um mês.
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