Mau
hálito? Pode ser até estresse. Existem mais de 60 diferentes “vilões”
causadores da halitose, e é preciso ir ao médico para determinar o tratamento
adequado para cada situação. Mesmo assim, mais de 90% dos casos têm origem na
própria cavidade bucal, explica a Dra. Rosileine Uliana, coordenadora da
Comissão de Halitologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
“Pode
ser de origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, alimentação
inadequada), má higiene bucal, placas bacterianas retidas na língua ou
amígdalas, baixa produção de saliva, doenças da gengiva, problemas em vias
aéreas (adenóides, rinites, sinusites), estresse ou mesmo razões sistêmicas,
como diabetes, problemas renais e outros”, exemplifica a Dra. Rosileine,
arrolando entre os inimigos do hálito o uso excessivo de medicações, fumo,
drogas e bebidas alcoólicas, incluindo soluções para bochecho com álcool na
composição.
A
identificação científica dessas várias causas do mau hálito, no início dos anos
1990, disparou o desenvolvimento de equipamentos e produtos para medir,
controlar, prevenir e tratar a halitose. Entre os algozes mais recentes do bafo
estão os lasers, que atingem as glândulas salivares para recuperar a sua
produção normal e higienizadora. Menos comum é a aplicação de laser diretamente
sobre as populações de bactérias na língua, reduzindo a causa do mau
cheiro. O procedimento não oferece riscos caso executado respeitando todas
as contra-indicações, mas a Dra. Rosileine ressalta que o laser é um
coadjuvante no tratamento.
Confira
alguns dos seus inimigos no combate ao mau hálito:
Excesso
de alimentos com odor carregado ou com enxofre em sua composição (alho, cebola,
picles, repolho, couve, brócolis), gorduras e frituras, de ação estimulante
(café, refrigerantes tipo “cola”, achocolatados) e ricos em proteínas (carne
vermelha, leite e derivados).
Álcool e fumo em excesso.
Estresse.
Para
manter a boca sem malcheiro, vale, também, apostar em uma dieta balanceada, com
alimentos duros e fibrosos, e beber bastante líquido, preferencialmente água
(média de 2 litros por dia). Também é indispensável realizar a higiene bucal
adequada e visitar o dentista semestralmente, além de realizar check-ups anuais
para examinar a sua saúde em geral.
E,
não menos importante: não faça do mau hálito um tabu! Trata-se de um problema
social, que atinge cerca de 30% da população brasileira, ou 50 milhões de
pessoas. E tem tratamento, então não deixe de procurar um profissional
qualificado. O site da Associação Brasileira de Halitose (ABHA) oferece o
serviço “SOS Mau Hálito”, em que você pode, com garantia de anonimato, informar
um portador que esteja precisando de ajuda.
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