FONTE:, Notícias ao Minuto, https://www.msn.com/
A apneia do sono é
um distúrbio que pode interromper por alguns segundos a respiração enquanto a
pessoa dorme. E segundo uma nova pesquisa norte-americana, realizada por
pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, e divulgado pela BBC News, a
condição pode estar relacionada à quantidade de gordura presente na
língua.
Ao avaliar indivíduos
que sofriam de apneia do sono e que haviam emagrecido, os cientistas detectaram
que a redução da gordura na língua atenuou os sintomas.
Línguas grandes e com
uma percentagem mais elevada de gordura são mais comuns em pacientes obesos.
Após a descoberta
surpreendente, os cientistas pretendem agora apurar quais dietas com baixo teor
de gordura são particularmente boas para a 'perda de peso' na língua.
"Falamos, comemos
e respiramos com a língua — então, por que a gordura se deposita lá?", questiona
o autor do estudo, Richard Schwab, da Escola Perelman de Medicina da
Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia.
"Não está claro
por que, pode ser genético ou ambiental. Mas quanto menos gordura houver, menor
a probabilidade de a língua se retrair durante o sono (bloqueando a
respiração)."
Os pesquisadores
levaram a cabo estudos do sono e exames de ressonância magnética para medir
como a perda de peso afeta as vias aéreas superiores dos pacientes.
A pesquisa teve como
amostra 67 adultos com apneia obstrutiva do sono, que foram submetidos aos
exames antes e após uma intervenção para perder 10% do peso corporal — por meio
de uma mudança radical no estilo de vida ou de cirurgia bariátrica.
O resultado mostrou que
os sintomas da apneia do sono melhoraram 30% após a perda de peso.
Ao analisar o tamanho
das estruturas das vias aéreas superiores dos pacientes, a equipe foi capaz de
descobrir as mudanças que haviam levado à diminuição dos sintomas. Além de
diminuir a gordura da língua, a perda de peso dos pacientes também levou a uma
redução no tamanho de um músculo da mandíbula que controla a mastigação e dos
músculos de ambos os lados das vias respiratórias, o que também contribuiu para
o resultado positivo.
"Agora que sabemos
que a gordura da língua é um fator de risco e que a apneia do sono melhora
quando a gordura da língua é reduzida, estabelecemos um objetivo terapêutico
único que nunca tivemos antes", disse Schwab à BBC.
O estudo foi publicado
no periódico científico American Journal of Respiratory and Critical Care
Medicine.
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