FONTE: 
Emma Burgess e Katie
Woodward identificaram caroço.
Mães de um bebê de nove
meses, as britânicas Emma Burgess, de 36 anos, e Katie
Woodward, de 34, descobriram que ele está com câncer de testículo e
decidiram conscientizar outros pais e mães sobre os riscos da doença, que é
rara entre crianças e adolescentes.
Em março deste ano, o
pequeno Freddie Burgess-Shardlow foi levado ao hospital após
as mães notarem um pequeno caroço no testículo do menino. Inicialmente, a suspeita
era de hérnia de disco, mas a doença foi descartada e os médicos voltaram o
menino voltar quando tivesse 18 meses - e caso a situação continuasse.
Dois meses depois, Emma
e Katie notaram que o caroço continuou crescendo e decidiram investigar mais a
fundo. Dessa vez, médicos apontaram que tratava-se um cisto conhecido como
hidrocele - condição comum em recém-nascidos, mas que não causa mais riscos,
mas pode gerar inconvenientes e ser tratada com cirurgia.
No entanto, exames
interromperam o início de qualquer tratamento ao trazerem um novo diagnóstico:
câncer de testículo. Agora, além de sendo submetido a sessões de
quimioterapia, o menino precisou passar pela remoção total do testículo
direito.
Apesar disso, Katie
afirma que ele mantém a alegria característica. "Ele continua feliz, mas
tem sido de partir o coração. Nós tentamos não chorar perto dele para que ele
não fique triste", desabafou a mãe Katie em entrevista publicada pelo
Metro.co.uk. "Às vezes, ele tem momentos em que não quer comer, mas continua
sendo um menino alegre. Ele flerta com todas as enfermeiras e tem sua
favorita", acrescenta, em tom de brincadeira.
Campanha e ajuda para
Freddie.
Irmã mais velha de
Freddie, Holly Burgess, de 19 anos, criou uma campanha de arrecadação, que
inclui uma descida de rapel. Segundo o Mirror, já conseguiu cerca de 400 libras
(o equivalente a R$ 2 mil) para bancar o tratamento com a quimioterapia.
"Tem sido difícil,
mas você só precisa se recompor e seguir em frente", afirmou ele.
"Fico nervosa pelo rapel, mas vejo Freddie e me lembro das razões para
fazê-lo."
Página no Facebook.
Emma e Katie criaram
uma página no Facebook para dar
notícias sobre o avanço do tratamento e, ao mesmo tempo, conscientizar.
"Não começamos esse perfil para ganhar simpatia", explicam em um post
fixado. "Estamos criando essa página puramente para aumentar a
conscientizar sobre o câncer de testículo em bebês! Por favor, compartilhem e
sigam a história do Freddie".
Câncer de testículo em
crianças.
Conforme levantamento
de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), entre janeiro
de 1992 a julho de 2009, foram registrados somente 34 casos de crianças com a
doença no Brasil - o que caracteriza esse tipo de câncer como raro nessa
faixa etária.
"Os tumores de
testículo são raros e correspondem, no sexo masculino, a 1-2% dos tumores
sólidos pediátricos", destaca um trecho do estudo, que foi publicado em
2011 e pode
ser lido aqui.
Os primeiros sintomas são nódulo
ou inchaço sem dor em nenhum dos testículos; aumento do tamanho ou inchaço de
um testículo ou mudança na sensação e sensação de pressão no escroto, segundo Hospital Infantil Sabará.
Assim como no caso de
Freddie, o tratamento consiste em cirurgia, radioterapia e quimioterapia, que
pode ser feita por pílulas, injeções e um tubo.
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