Dieta se baseia em
alimentos tradicionais do norte da Europa.
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) tem visto com bons olhos um hábito alimentar adotado no norte da
Europa. A dieta, chamada nórdica, ajuda a reduzir o risco de câncer, diabetes e
até problemas cardiovasculares. A informação foi publicada recentemente em um
relatório feito pelo escritório regional da OMS para a Europa.
Esta dieta, segundo a
Organização Mundial da Saúde, proporciona os mesmos benefícios do que a dieta
mediterrânea. De acordo com a nutricionista Cristiane Coronel, as duas podem
contribuir para a nossa saúde, afinal, elas evitam que a pessoa coma
determinados alimentos, como aqueles processados, alimentos que são feitos à
base de muita farinha, com substâncias sintéticas, com muito tempero artificial
ou que contenham açúcar.
Segundo Cristiane
Coronel, a maior diferença observada entre a dieta mediterrânea e a nórdica é
que uma usa o óleo de canola e a outra o azeite de oliva.
“A dieta mediterrânea
tem um consumo de leite derivados bem sem restrições mesmo, quase que livre. Já
a nórdica, os produtos lácteos, são com baixo teor de gordura saturada. Outra
coisa interessante é que dieta nórdica se usa o óleo de canola, não como na
dieta mediterrânea, que se usa os azeites, né, em geral. Com relação aos
peixes, que são todos livres, principalmente os ricos em gordura, como salmão,
cavalinha, arenque, todos esses tipos de peixes, né?”, conta.
O grande problema
destas dietas é que elas costumam ser bem caras, impossibilitando assim que
qualquer cidadão possa fazê-la. Mas de acordo com a nutricionista, é possível
adaptá-las com produtos brasileiros.
Por exemplo, as frutas
mais indicadas para estas duas dietas são as frutas vermelhas. Então, podemos
adaptá-las com as frutas do Brasil, tanto com as frutas vermelhas, como as
frutas roxas, que também são ricas em oxidantes. Um bom exemplo é o açaí, que é
cheio de nutrientes. Além disso, a pessoa pode usar e abusar dos legumes,
verduras, fibras e cereais.
“Como também o consumo
de fibras e cereais dessa dieta é bem livre, como aveia, centeio, cevada, ajuda
bastante na saciedade e na diminuição de compulsões alimentares, né, vontade de
comer doce. Então é uma grande vantagem dessa dieta. Então, algumas pessoas já
estão procurando, já estão fazendo, pelo menos a base da dieta em si, com
adequações, com cálculo da dieta bem individualizado, porque é necessário a
gente fazer uma avaliação nutricional previamente”, enfatizou.
De acordo cm a
endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,
Andressa Heimbecher, o ideal é que pessoas optassem por comer mais produtos
orgânicos.
“O que a gente pode
trazer da dieta nórdica para a nossa realidade é que é uma dieta que eles falam
que a gente tem que cozinhar mais em casa e usar menos industrializado. Então,
pode ser que você não tenha lá, porque assim, eles falam, por exemplo, frutas
vermelhas: amoras, mirtilo. Isso é muito caro, mas a gente tem morango aqui.
Então, se a gente usar, por exemplo, um morango orgânico, procurar ingredientes
orgânicos, ingredientes com poucos aditivos químicos, a gente vai conseguir ter
os benefícios, sem necessariamente ter um gasto tão grande, nem precisar morar
no norte da Europa, né?”, disse.
E caso você queira
seguir o caminho de uma alimentação menos baseada em produtos processados, o
Ministério da Saúde disponibiliza o Guia Alimentar para a população brasileira.
A publicação apresenta
10 passos simples para uma alimentação saudável, além de oferecer sugestões de
refeições que respeitam as diferenças regionais e que indicam comidas e bebidas
de fácil acesso para os brasileiros.
Então, vamos lá às dez
recomendações do guia: prefira sempre alimentos in natura ou minimamente
processados; utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades;
limite o consumo de alimentos processados; evite alimentos ultraprocessados,
que são aqueles que sofrem muitas alterações em seu preparo e contêm
ingredientes que você não conhece; coma regularmente e com atenção, prefira
alimentar-se em lugares tranquilos e limpos e na companhia de outras pessoas;
faça suas compras em locais que tenham uma grande variedade de alimentos in
natura, e quando possível, prefira os alimentos orgânicos e agroecológicos;
desenvolva suas habilidades culinárias, coloque a mão na massa, aprenda e
compartilhe receitas; planeje seu tempo e distribua as responsabilidades com a
alimentação na sua casa; ao comer fora, prefira locais que façam a comida na
hora; e seja crítico, afinal existem muitos mitos e publicidade enganosa em
torno da alimentação. Avalie as informações que chegam até você e aconselhe
seus amigos e familiares a fazerem o mesmo.
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