Resumo da
notícia
|
A
fimose ocorre quando há excesso de prepúcio, pele que recobre o órgão sexual
masculino
|
O
problema dificulta a exposição da cabeça do pênis e pode complicar sua
correta higienização
|
Isso
favorece o aparecimento de infeções que causam dor, além de aumentar o risco
de doenças sexualmente transmissíveis e câncer de pênis
|
A
condição ainda pode gerar desconforto durante o sexo e dificultar a saída de
sêmen, o que afeta a fertilidade
|
o excesso da pele que recobre o órgão sexual masculino (prepúcio),
dificultando a exposição da glande (cabeça do pênis). De acordo com
especialistas, grande parte dos meninos nascem com a condição e ela tende a
desaparecer por volta dos três ou quatro anos de idade. No entanto, se isso não
ocorre de forma espontânea, é necessário fazer tratamentos, já que a fimose
pode aumentar o risco de doenças.
Quando há o problema,
os médicos geralmente indicam em um primeiro momento pomadas com corticoides,
que facilitam que a pele deslize sobre a glande. Para meninos com mais de cinco
anos também podem ser recomendados exercícios de retração --em que o prepúcio é
puxado de maneira leve, para ir se soltando pouco a pouco.
Caso nenhuma dessas
táticas funcione, é recomendada a cirurgia, que pode ser feita tanto remover
completamente a camada de pele que recobre a glande quanto ser realizado um ou
mais cortes no prepúcio, suficientes para permitir que a pele deixe de impedir
a exposição da glande.
Se houver necessidade e
a operação não for feita, a fimose aumenta o risco de algumas doenças e
complica a vida sexual do homem. A seguir, respondemos algumas dúvidas comuns
sobre a condição.
Quais
problemas a fimose pode causar?
A pele que recobre a
glande dificulta a higiene correta do pênis e favorece o acúmulo de esmegma
--concentração de óleo, sujeira, pele e umidade no órgão sexual. Isso facilita
a proliferação de fungos e bactérias, que podem gerar infeções que causam dor,
inchaço, mau odor. Também aumenta o risco de infecção
urinária, de contrair doenças durante o sexo e até de ter câncer
de pênis, condição que pode levar à amputação do membro.
Carlo Passerotti,
urologista e coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz, explica que existem trabalhos científicos que mostram que a
retirada da fimose reduz o risco de contrair IST (infeções sexualmente
transmissíveis), como as causadas pelos vírus HPV e HIV.
Vale lembrar que isso não libera o uso de preservativos nas relações sexuais.
Operar
a fimose reduz a sensibilidade no pênis e o prazer na transa?
Não. Segundo o
urologista Atila Rondom, coordenador-geral do Departamento de Uropediatria da
SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), retirar o prepúcio não diminui ou
aumenta a sensibilidade no pênis e o prazer do homem durante o sexo --e isso
também vale tanto para a mulher.
Porém, dependendo do
grau da fimose, não fazer a operação pode gerar incômodos na transa, já que
quando a glande fica presa ocorre um atrito maior. Ainda pode dificultar a
saída do sêmen e comprometer a fertilidade do homem.
O
pênis fica menor?
Isso é um mito.
"Após a cirurgia ocorre a falsa impressão de que o pênis diminui devido à
retirada do prepúcio, mas não há qualquer interferência no tamanho do
órgão", diz Passerotti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário