FONTE: MARÍLIA ROCHA, DE CAMPINAS (www1.folha.uol.com.br).
Uma molécula extraída de uma planta do Piauí parece ser uma arma potente contra o HIV, aponta pesquisa da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e de um laboratório de Campinas.
A substância ativa o chamado HIV latente sem matar a célula em que ele está.
Quando o vírus se encontra nesse estado, o sistema de defesa do organismo e os medicamentos atuais não conseguem eliminá-lo, porque o DNA do HIV se integra ao de algumas células.
Assim, mesmo que o coquetel de drogas elimine o vírus ativo, o latente pode ressurgir quando a pessoa deixa de tomar a medicação.
Ao ativar o HIV latente, a molécula permite que ele possa ser combatido pelas drogas do coquetel, de acordo com um dos pesquisadores da UFRJ, Amilcar Tanuri.
"A ideia é que a molécula possa eliminar o reservatório que guarda a 'semente' do HIV", afirma Tanuri.
Segundo Luiz Pianowski, pesquisador do laboratório Kyolab e coordenador do trabalho, uma empresa será contratada para fazer testes em macacos. As primeiras avaliações em humanos podem ocorrer em um ano. A molécula será patenteada.
Para o infectologista Esper Kallás, é preciso ter cautela com o achado porque há uma longa distância entre um estudo pré-clínico e o uso da substância em pacientes.
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