segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

RISCO DE CONTRAIR DSTs AMPLIA NO VERÃO...

FONTE: Rivânia Nascimento REPÓRTER, TRIBUNA DA BAHIA.


"É verão, sei lá, dá uma vontade boa de se dar. Tempo bom de ser feliz, tempo bom de namorar”. Este trecho da música da banda Jammil e Umas Noites reflete o sentimento de alegria e descontração normalmente transmitido nessa época do ano, principalmente durante a realização dos ensaios de verão. Mas, especialistas alertam que é justamente na estação mais quente do ano que as pessoas, sobretudo os mais jovens, se entregam com mais frequência ao sexo casual, ficando mais vulneráveis ao contágio de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Mesmo com as inúmeras campanhas de prevenção, muitas pessoas ainda se expõem diante do grande risco de contágio pelo vírus da Aids (HIV) e por outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), além de uma gravidez indesejada. Segundo dados do Ministério da Saúde, 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de DST. O estudante Moacir Santos, de 19 anos, confessa que não nunca esteve muito inteirado sobre a existência e o perigo de outras doenças. “Conheço mais sobre a Aids. Essas outras, já ouvi falar e agora vou ficar muito mais atento ao assunto”, destaca.

Para Francisco Costa Neto, médico uro-andrologista da Clínica Homem, nesta época do ano, o estímulo à sensualidade provocada pela música, as festas populares, a temperatura elevada e os efeitos do consumo de álcool favorecem o sexo casual. “Por isso, é preciso ter sempre em mãos a melhor forma de proteção contra possíveis surpresas negativas: a camisinha”, alerta o especialista.

Segundo o médico, qualquer pessoa que tenha uma relação sexual sem proteção está exposta às DSTs, que, por sua vez, podem acarretar complicações graves. As DSTs são infecções transmitidas através de relações sexuais e causadas por vírus, fungos, protozoários e bactérias. “A gonorreia, a clamídia, a tricomoníase, a sífilis, o HPV (verruga genital), o cancro mole, o herpes genital, a hepatite B e a Aids são as DSTs mais comuns”, detalha. Nas mulheres, o Papilomavirus Humano (HPV) é considerado uma das DSTs mais frequentes, com menor incidência entre os homens.

É constatado que hoje, no mundo, uma em cada cinco mulheres é portadora do vírus e no Brasil, o Ministério da Saúde registra 137 mil novos casos por ano. O país é um dos líderes mundiais em incidência de HPV, principalmente entre mulheres na faixa etária entre 15 e 25 anos.

Essas são doenças que, embora não sejam tão conhecidas e divulgadas em campanhas, são graves e podem trazer uma série de consequências para a saúde. E não se pode esquecer que algumas delas não têm cura, alerta o urologista Márcio Prado.

“A herpes genital e o HPV, por exemplo, estão entre os exemplos. As doenças podem ser controladas, mas ainda não têm cura e a gonorreia, outra DST perigosa, pode causar infertilidade”, explica o urologista.

PREVENÇÃO – Um estudo realizado recentemente na Universidade de Wisconsin (EUA) demonstrou que o correto e sistemático uso de preservativos em todas as relações sexuais apresenta uma eficácia estimada em 90-95% na prevenção da transmissão do HIV.

Para informações sobre onde estão sendo realizados testes rápidos e gratuitos de HIV e distribuição de preservativos acesse o site: www.aids.gov.br.

Outro alerta é que nesse período de muitas festas, shows e baladas, as pessoas dormem menos, se alimentam de forma inadequada e esses fatores baixam a resistência do sistema imunológico (defesa do organismo), o que aumenta a possibilidade de infecções.

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