FONTE: SABINE RIGHETTI, DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
Em solo norte-americano, um fato como o ocorrido recentemente em uma escola de São Paulo, em que três alunos tentaram agarrar à força uma colega, provavelmente resultaria na expulsão dos adolescentes agressores.
"Fico assustado em saber que os garotos foram apenas suspensos", disse à Folha William Taverner, editor-chefe do periódico científico "American Journal of Sexuality Education".
Nos EUA, as punições são aplicadas dependendo do caso, das regras dos Estados e da própria escola.
"É preciso garantir a segurança da vítima e acompanhar o desenvolvimento dos garotos agressores antes que eles voltem à escola", afirma Maia Christopher, diretora da ONG ATSA (associação para tratamento de abusadores sexuais, na sigla em inglês).
No vizinho Canadá, atentados sexuais, assim como porte de armas ou de drogas, são motivo de expulsão se acontecerem em escolas públicas --onde estuda a quase totalidade da população em idade escolar. Os estudantes expulsos de escolas canadenses recebem aconselhamento para que melhorem de comportamento e sigam para outra escola.
Além de definir punições mais severas para violência sexual, os EUA investem na prevenção. Hoje, 22 dos 50 Estados norte-americanos, além do Distrito de Columbia, exigem que as escolas públicas tenham educação sexual como parte do currículo.
Em algumas regiões, como na Califórnia, essas aulas obrigatórias começam já no jardim da infância. "É preciso ensinar quais os toques e as atitudes que são inapropriados", diz Christopher.
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