FONTE: DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) é o primeiro hospital público do Brasil a adotar uma técnica inédita de radiocirurgia. A terapia, mais curta, trata pacientes com câncer que não podem se submeter aos riscos de uma cirurgia convencional, por motivos clínicos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
O tratamento é indicado para tumores primários e metástases localizadas no pulmão e na coluna vertebral, desde que sejam isolados e tenham até 5 cm de diâmetro.
A tecnologia de ponta concentra uma grande dose de radiação em focos específicos, causando a morte das células cancerosas pela quebra do seu DNA, além de chance mínima de danos aos tecidos sadios.
Mesmo havendo uma pequena movimentação do tumor provocada pela respiração, o equipamento ainda possibilita que apenas a área programada seja tratada. O aparelho ajusta os disparos quando o tecido saudável fica à frente do dispositivo emissor da radiação.
O procedimento dura cerca de uma hora e libera o paciente para voltar a sua rotina imediatamente, de acordo com o órgão.
Antes de começar o tratamento, uma equipe de médicos e físicos gera uma imagem do tumor pelo equipamento, para posicionar o alvo que será submetido à radiocirurgia.
Por conta dessa precisão, a técnica promove maior proteção dos tecidos vizinhos contra a radiação em comparação ao tratamento de radioterapia convencional.
A secretaria ainda informou que, apesar de receberem uma dose elevada de radiação, os pacientes apresentam maior tolerância à nova técnica.
O período de tratamento também é mais curto, sendo necessárias de uma a cinco aplicações. O número sobe para cerca de 30 quando é aplicada a radioterapia comum.
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