FONTE: *** CORREIO DA BAHIA.
Cátia Aragaki terá de prestar serviços comunitários por 2 anos, diz TJ-SP. Stephanie Teixeira, de 12 anos, morreu devido ao erro, em dezembro de 2010.
O processo contra a auxiliar de enfermagem Cátia Aragaki, de 27 anos, suspeita de aplicar vaselina no lugar de soro na menina Stephanie dos Santos Teixeira, então com 12 anos, foi suspenso, na terça-feira (13), por três anos, de acordo com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O incidente ocorreu em dezembro do ano passado no Hospital São Luiz Gonzaga, na Zona Norte de São Paulo, e resultou na morte da criança.
A Justiça decidiu também que a auxiliar de enfermagem deverá prestas serviços comunitários por dois anos sete horas por semana em uma instituição beneficente.
Além disso, ela terá a vida monitorada: ao menos uma vez por mês terá de comparecer ao fórum de Santana, na Zona Norte, e terá de comunicar quando for viajar ou mudar de residência. Após três anos, o processo será revisto.
Em depoimento à polícia, Cátia admitiu a troca dos frascos. “Ela foi induzida ao erro. É a frase que melhor explica o que aconteceu”, afirmou Roberto Vasconcelos da Gama, advogado de defesa dela, na ocasião. A funcionária acabou indiciada por homicídio culposo - quando não há intenção de matar.
No fim de semana dos dias 4 e 5 de dezembro, Stephanie chegou ao Hospital São Luiz Gonzaga com sintomas de virose e morreu depois de receber vaselina líquida, em vez de soro, na veia. Ela chegou a ser transferida para a Santa Casa, no Centro, mas não resistiu.
Segundo o advogado, Cátia admitiu ter administrado a vaselina na menina, mas afirmou ter sido induzida ao erro por causa da semelhança dos rótulos.
A pena prevista para o crime é de um a três anos de detenção. “É um erro que não pode acontecer, imperdoável”, afirmou o delegado-assistente Antônio Carlos Corsi Sobrinho, do 73º DP, do Jaçanã, na época.
Em seu depoimento à polícia, a auxiliar de enfermagem tentou explicar de que forma teria acontecido o erro. "Na hora de instalar a medicação, ela disse que pegou os dois frascos, vocês viram que são bem parecidos os rótulos, e ela leu em um hidratação e o outro passou a vista e pensou ter lido hidratação, mas era vaselina", revelou Corsi.
O advogado da mulher considerou que o problema foi gerado "pelo acondicionamento das substâncias" - o soro de reparação e a vaselina - no mesmo local, um armário. "Ela aplicou a vaselina justamente em uma total inconsciência em relação ao produto que continha o vasilhame. Nas circunstâncias em que estavam acondicionados as duas embalagens de vidro era impossível que qualquer pessoa percebesse a diferença na hora.
Até porque não era do conhecimento dela, que administrava aqueles medicamentos, que existia envasado naquele mesmo tipo de recipiente de soro reparatório vaselina líquida", afirmou à época.
O delegado Antônio Corsi disse que as responsabilidades do hospital estavam "sendo apuradas". Depois da troca dos medicamentos, o superintendente da Santa Casa, que administra o Hospital São Luiz Gonzaga, disse que a entidade pretendia usar rótulos ou até vidros diferentes para guardar vaselina e soro. A medida deve ser tomada para que o erro não volte a acontecer.
A assessoria do TJ-SP não informou se a auxiliar de enfermagem poderá voltar a exercer a profissão enquanto o processo estiver suspenso.
*** As informações são do G1.
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