domingo, 30 de dezembro de 2012

CUIDADO! PRODUTOS E “TERAPIAS” QUE NÃO SOLUCIONAM PROBLEMAS SEXUAIS…


FONTE: Dr. Ezequiel López Peralta (discoverymulher.uol.com.br).
Os problemas sexuais produzem um alto nível de insatisfação, angústia e conflito. Por isso, costumam gerar uma busca quase desesperada por soluções, e nem sempre a saída encontrada é a mais indicada. Infelizmente, muitos comerciantes inescrupulosos se aproveitam dessa situação para criar falsas expectativas e vender a ilusão de cura a milhares de homens e mulheres, que fazem qualquer coisa para encontrar uma cura.

Presenciei isso em meu consultório durante muitos anos: as consequências emocionais negativas, tanto físicas como afetivas, de recorrer a produtos, mecanismos ou supostas terapias científicas que não servem para nada. Vou citar alguns exemplos.

• Aumento do pênis: Talvez este seja o caso mais emblemático, já que a internet está repleta de ofertas de cremes, pomadas, exercícios e alongadores que produziriam o tão desejado efeito: aumentar o tamanho do pênis, e com isso, a autoestima do homem. Não acredite em nenhum desses métodos. Eles não funcionam e, às vezes, podem causar lesões que geram complicações. É preciso consultar-se com um médico para verificar possíveis alterações hormonais e dos testículos, e se for o caso, seguir o tratamento correspondente. Se estiver tudo bem, talvez seja o momento de procurar aconselhamento psicológico e sexológico para aprender a se aceitar e a potencializar suas habilidades sexuais.

• Pomadas para a ereção: Não se conhece nenhum tratamento tópico (de aplicação direta sobre o pênis) que produza ereções. No entanto existem excelentes terapias orais (medicamentos) e psicológicas, com ótimos resultados.

• Cremes “multiorgásmicos” femininos: Sob diferentes denominações comerciais, bastante sugestivas, vendem-se cremes para aplicação o clitóris que, supostamente, produzem orgasmos. É verdade que geram uma sensação ligeiramente agradável, mas tais produtos não solucionam a anorgasmia feminina. Essa disfunção requer um tratamento específico, baseado no conhecimento dos estímulos sexuais propícios, no relaxamento muscular, no treinamento de fantasias sexuais e na comunicação sexual eficiente entre o casal.

Terapias médicas invasivas: Alguns institutos que são supostamente especializados no tratamento de disfunções sexuais usam modelos de tratamento que não seguem os protocolos internacionais. Cuidado: eles podem recomendar a você métodos invasivos e agressivos, quando intervenções mais simples poderiam solucionar o problema. Um exemplo são as terapias com injeções intracavernosas (aplicadas no pênis) para disfunção erétil, indicadas apenas a uma porcentagem reduzida de pacientes cujo distúrbio sexual obedece a determinadas causas físicas ou transtornos psicológicos graves. Se tiver alguma dúvida, é sempre aconselhável procurar uma segunda ou terceira opinião.

• Psicanálise: Na Argentina e em outros países da América Latina, esta terapia psicológica tradicional continua no auge. Pessoalmente, com base em minha experiência profissional e em pesquisas que li sobre o assunto, acredito que os problemas sexuais devem ser tratados com modelos terapêuticos que se concentrem no distúrbio e sejam de breve resolução: terapia cognitiva, comportamental, sistêmica, entre outras.

Por fim, como sempre digo, se tiver alguma dúvida, procure um profissional especializado em sexologia.

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