FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Com a proximidade do final do ano inicia-se a temporada de comemorações. Confraternizações com os amigos e os colegas de trabalho, jantares, encontros para o “amigo-secreto”, a ceia e o almoço de Natal e as festividades da passagem para o ano novo.
Em todas essas atividades os vilões do coração estarão presentes. São eles as bebidas alcoolicas, as gorduras, o açúcar, o sal em excesso, o estresse, o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo.
Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia analisou 53 milhões de mortes do coração nos Estados Unidos, entre 1973 e 2001, e apontou que a maior ocorrência é em dezembro e janeiro. Além do excesso nas festas, os americanos enfrentam ainda outro vilão que é a fria temperatura característica do inverno, considerada um fator importante para esses acontecimentos – pode elevar em até 30% a ocorrência de infartos.
O aumento do aparecimento de problemas cardíacos nessa época já é conhecido, assim como em finais de semana de festas, denominado pelos americanos como a “holiday syndrome” (síndrome do feriado) ou “weekend heart” (fim de semana cardíaco).
Entre os problemas mais comuns, estão as crises hipertensivas (elevação súbita da pressão arterial), as arritmias (o coração sai do ritmo), principalmente a fibrilação atrial aguda, o infarto agudo do miocárdio e a piora da insuficiência cardíaca em pessoas portadoras de miocardiopatia (redução da força de contração do músculo cardíaco).
“O exagero no consumo de alimentos e bebidas alcoólicas, a falta de tempo para atividades físicas, o estresse da correria do final de ano, as fortes emoções que afloram nessa época, incluindo a depressão por perdas de pessoas queridas, são componentes importantes para desencadear os problemas cardíacos”, explica o médico Marcelo Queiroga, presidente da SBHCI - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.
O consumo exagerado de alimentos salgados e bebidas alcoolicas podem precipitar uma crise hipertensiva. O excesso de álcool associado ao tabagismo e à privação de sono podem desencadear arritmias.
“Refeições ricas em sal e gordura, o tabagismo e o estresse podem ser gatilhos para o infarto. Dessa maneira, a palavra de ordem para o final do ano é moderação”, alerta o cardiologista.
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