quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

PROJETO CRIADO POR TRIATLETA COMBATE OBESIDADE COM ESPORTE E NUTRIÇÃO...


FONTE: *** , Clarissa Thomé, no Rio de Janeiro (noticias.uol.com.br).

Aos 14 anos, o estudante Rodrigo Medeiros pesava 112 quilos. Quando contou aos amigos que começaria a treinar triatlo, ouviu piadas. Determinado, ingressou no programa social que a triatleta Fernanda Keller mantém em Niterói e passou a fazer exercícios quatro vezes por semana. Mas a redução de peso ocorreu mesmo quando ele começou a ter acompanhamento de nutricionistas. Chegou aos 80 quilos.

"Quando eu comecei, os outros garotos me chamavam de gordinho. Ficava sempre para trás. Fui melhorando as minhas marcas e fui passando um a um", diz o rapaz, de 16 anos, que já correu a meia maratona e ganhou troféus em campeonatos estaduais.

Rodrigo está entre as 70 crianças e adolescentes atendidos pelo projeto Correndo Por Um Ideal, que há três anos recebem acompanhamento médico e orientação nutricional. Nesse período, o número de meninos obesos caiu de 60% para 20%. Entre as meninas, a redução foi de 25% para 8%.

O Instituto Fernanda Keller começou a atender crianças e adolescentes em 1998, com atividades esportivas no contraturno escolar. No entanto, apesar dos exercícios, Fernanda percebia que algumas crianças não conseguiam ficar no peso ideal - algumas estavam abaixo e muitas acima. Havia ainda casos de desnutrição. Em 2009, ela inscreveu o projeto Correndo Por Um Ideal em um edital de patrocínio da Nestlé. Foi selecionada. "O edital não era voltado para projetos de esporte, mas o nosso foi o único programa esportivo selecionado no Brasil todo", conta Fernanda.

Além do exercício físico e do acompanhamento com as nutricionistas, alunas da Universidade Federal Fluminense (UFF), as crianças passam por exames laboratoriais, numa parceria feita com a prefeitura de Niterói. Esses exames revelam, por exemplo, se as crianças estão anêmicas, se têm verminose ou colesterol alto.

"O que dá certo é a união de forças. Conseguimos apoio da universidade, da prefeitura, fizemos palestras nas escolas, chamamos os pais. Durante dois anos, representamos o Brasil na Conferência Mundial de Saúde Infantil, em que trocamos experiências com projetos do mundo todo", afirma a triatleta.

*** As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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