FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
O Brasil reduziu a mortalidade infantil, mas ainda está em um patamar distante dos países desenvolvidos. Pelos dados das “Estatísticas do Registro Civil”, divulgadas pelo IBGE na segunda-feira (17/12), os chamados óbitos de neonatais (precoces e tardias, somados) atingiram, em 2011, 68,3% do total de mortes de menores de 1 ano.
Em países desenvolvidos, 90% dos óbitos concentra-se na faixa neonatal precoce, com até seis dias de vidas. O neonatal tardio tem até 27 dias após o nascimento. Em 2011, apenas 51,8% dos óbitos infantis registrados foram neonatais precoces.
Segundo o IBGE, até 1980 a maior parte das morte era de pós-neonatal (de 27 dias a um ano). A situação se inverteu a partir de então.
“Os estudos relacionados com a mortalidade infantil mostram que à medida que o país tem avanços nas questões estruturais relacionadas com as áreas de saneamento e acesso à saúde, a tendência é dos óbitos infantis se concentrarem na componente neonatal precoce”, diz o IBGE.
Apesar do declínio da subnotificação de óbitos no país nos últimos anos, em 2011, 6,2% das pessoas que morriam não tinham a certidão de óbito expedida, segundo o IBGE. Esse percentual era de 16,3% em 2001, declinando para 11,8% em 2006.
Nas regiões Norte e Nordeste, a subnotificação era maior, atingindo 20,6% para ambas, em 2011. As regiões Sudeste e Sul tinham cobertura total e no Centro-Oeste, a subnotificação era baixa (3,9%).
Num recorte por Estados, os destaques negativos, em 2011, ficaram com Maranhão (44,3%) e Roraima (40,1%).
As mortes por causas externas são, no Brasil, o terceiro principal grupo de causa de óbitos na população em geral e a primeira entre os jovens de 15 a 24 anos. Em 2011, foram registrados nos Cartórios do Brasil 111.546 óbitos violentos, o que significa um crescimento de 1,3% em relação ao ano de 2010. Por regiões, o aumento dos registros de óbitos violentos ocorreu no Nordeste (5,5%) e Centro-Oeste (6,9%).
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