Enfermeira esclarece dúvidas sobre o uso do preservativo.
Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.
Apesar de tudo que já se falou sobre a importância da camisinha, ainda há quem se recuse a usar – ou a pedir para que o parceiro use. “Isso acontece por causa de preconceitos, desconhecimento e principalmente falta de hábito em usá-la. Por isso é importante desde cedo orientar os adolescentes a iniciarem sua vida sexual com o uso da camisinha, com o intuito de proteção e construção de hábito sexual saudável”, afirma a enfermeira Miriam Heidemann, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase). Ela esclarece alguns mitos sobre o preservativo.
Camisinha é um método 100% seguro.
Mito. A camisinha é muito segura desde que esteja bem guardada, que esteja no prazo de validade, e que seja colocada de forma correta. Mas nenhum método anticoncepcional e/ou de prevenção de DST é 100% seguro.
O foco da maioria das pessoas é muito mais na prevenção de gravidez do que de doenças.
Verdadeiro. Não se pensa na possibilidade da doença sexualmente transmissível. No imaginário da maioiria, se alguma coisa der errada será somente a gravidez.
Usar duas camisinhas aumenta a proteção.
Mito. O atrito entre elas pode fragilizar o látex. Deve-se usar apenas uma camisinha.
É necessário usar um outro método contraceptivo junto.
Mito. Mas convém lembrar que as mulheres sexualmente ativas necessitam de acompanhamento com médico e/ou enfermeiro de seis em seis meses. Através de avaliação clínica pode ser indicada a utilização de outro método em conjunto com a camisinha, como um anticonceptivo, para correção hormonal, por exemplo.
Tem que usar camisinha para fazer sexo oral.
Verdade. Para a mulher fazer no homem, ele pode usar uma camisinha sem lubrificante, sem aromas e pigmentos, o que reduz a possibilidade de sabor desagradável. Para o homem fazer na mulher, pode-se usar um filme PVC (plástico de cozinha) posicionado na genitália feminina. Ele é fino, inodoro, sem sabor, barato, e garante a sensibilidade feminina.
Pode-se usar camisinha feminina e masculina simultaneamente.
Mito. Não é indicado para evitar que haja atrito entre duas camisinhas.
Se na mesma transa ocorrer sexo vaginal e anal, é necessário trocar a camisinha em cada um.
Verdade. A região anal é muito contaminada. Caso não haja a troca de camisinha, há grande chance de ocorrer infecção vaginal, além do risco de doenças sexualmente transmissíveis e até verminoses.
Mesmo quando o homem não vai gozar dentro da vagina, é preciso usar camisinha.
Verdadeiro. Há liberação de líquidos lubrificantes que podem transmitir DSTs. Esse líquido lubrificante também pode conter espermatozóides, o que possibilitaria a gravidez.
Pessoas que possuem sensibilidade ao látex não precisam usar.
Mito. É bastante rara a sensibilidade ao látex da camisinha, mas acontece. Primeiramente deve-se atentar se a alergia é ao látex, ou ao aroma e aos pigmentos que podem compor a camisinha. Caso a alergia seja ao látex, deve-se optar por camisinha feminina/masculina de poliuretano. Elas são pouco comercializadas em farmácias, mas facilmente encontradas em sex shops.
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