FONTE: JOANA CUNHA, DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
A alta concentração de peças sobre relacionamento entre casais no roteiro de teatro de São Paulo e do Rio aponta a preocupação da dramaturgia em adicionar a seu repertório as mudanças geracionais.
O casal contemporâneo ganhou recursos que renovam a coleção clichês, como a evolução tecnológica, que facilita a entrada de terceiros no relacionamento e também acelera a revelação da traição, como ocorre na cena de "História de Nós 2" em que o marido é pego marcando encontro com outra pela internet.
"Muitas vezes, num ato falho, um deixa que o outro perceba a traição, num recado de celular ou e-mail aberto. É para mostrar: 'Olha, voltei para o mercado'", diz Galiás.
As dificuldades da separação estão em todas as cenas.
Tanto em "História" quanto em "A Pantera", a dúvida pende entre aceitar quem se tem ou acabar com tudo. O jovem de "Ensina-me", ao contrário, combate o olhar preconceituoso e as convenções sociais que apontam para uma união com alguém de sua idade.
A conclusão das peças assistidas pela dupla de terapeutas caminha para uma possível reelaboração do núcleo familiar, a partir de separações e novos casamentos. A temática é recorrente entre as gerações mais jovens.
"Hoje, as famílias reconstituídas são muito comuns", diz Galiás.
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