FONTE: RICARDO BONALUME NETO, ENVIADO ESPECIAL À TANZÂNIA (www1.folha.uol.com.br).
O estigma associado à Aids ainda prejudica o controle da epidemia no mundo, mesmo 30 anos depois de identificada como doença.
Hoje, 33,3 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV. A África responde por 88% das pessoas infectadas.
"A discriminação impede a utilização dos serviços disponíveis", afirma o médico Daniel Ndaki Nkonya, do programa de combate à Aids do Ministério da Saúde e Bem-Estar Social da Tanzânia.
"Há mulheres mais interessadas em proteger sua imagem social do que a criança em sua barriga, ou não querem correr o risco de perder o parceiro com HIV que paga suas contas", diz Jovin Tesha, diretor da Pasada, sigla para Atividades e Serviços Pastorais para Pessoas com Aids da Arquidiocese de Dar es Salaam, maior cidade do país.
MAIS TRATAMENTO.
A Tanzânia é um bom exemplo do que pode ser feito para controlar a epidemia.
O país é um dos cinco maiores destinatários de verbas, entre outros 146, do Global Fund to Fight Aids, Tuberculosis and Malaria (Fundo Global para o Combate à Aids, Tuberculose e Malária).
O fundo é uma instituição de financiamento internacional com sede em Genebra, Suíça, criado em 2002.
Desde então, já apoiou mais de 600 programas de combate a essas três doenças infecciosas, com US$ 21,7 bilhões em recursos. A Tanzânia recebeu US$ 992 milhões.
O dinheiro vem de governos que doam ao fundo e de instituições privadas.
Segundo relatório divulgado ontem pela instituição, os financiamentos bateram o recorde no ano passado, com US$ 3 bilhões, que permitiram, por exemplo, pagar o tratamento de 3 milhões de pessoas com os antirretrovirais que combatem o HIV.
Há 10 milhões de pessoas na fila para receber os remédios, em países pobres.
Hoje, 52% dos pacientes na Tanzânia recebem tratamento. Outros desafios para o controle da epidemia no país são a carência de profissionais de saúde e a infraestrutura inadequada.
Em média, 5,7% dos adultos entre 15 e 49 anos estão infectados com o HIV no país, em uma população total de cerca de 45 milhões. Um dos sucessos da Tanzânia é a diminuição da transmissão de mãe para filho.
O Hospital Temeke, em Dar es Salaam, é um exemplo dos desafios enfrentados no combate à Aids. "O espaço é pequeno, falta o básico e só temos uma ambulância velha", diz o médico Amaani Malima.
O hospital tem um moderno laboratório de diagnósticos. Mas uma vala com água suja atravessa o terreno, parte dele repleta de lama e de poças d'água quando chove. E chove muito na Tanzânia.
"Há mulheres mais interessadas em proteger sua imagem social do que a criança em sua barriga, ou não querem correr o risco de perder o parceiro com HIV que paga suas contas", diz Jovin Tesha, diretor da Pasada, sigla para Atividades e Serviços Pastorais para Pessoas com Aids da Arquidiocese de Dar es Salaam, maior cidade do país.
MAIS TRATAMENTO.
A Tanzânia é um bom exemplo do que pode ser feito para controlar a epidemia.
O país é um dos cinco maiores destinatários de verbas, entre outros 146, do Global Fund to Fight Aids, Tuberculosis and Malaria (Fundo Global para o Combate à Aids, Tuberculose e Malária).
O fundo é uma instituição de financiamento internacional com sede em Genebra, Suíça, criado em 2002.
Desde então, já apoiou mais de 600 programas de combate a essas três doenças infecciosas, com US$ 21,7 bilhões em recursos. A Tanzânia recebeu US$ 992 milhões.
O dinheiro vem de governos que doam ao fundo e de instituições privadas.
Segundo relatório divulgado ontem pela instituição, os financiamentos bateram o recorde no ano passado, com US$ 3 bilhões, que permitiram, por exemplo, pagar o tratamento de 3 milhões de pessoas com os antirretrovirais que combatem o HIV.
Há 10 milhões de pessoas na fila para receber os remédios, em países pobres.
Hoje, 52% dos pacientes na Tanzânia recebem tratamento. Outros desafios para o controle da epidemia no país são a carência de profissionais de saúde e a infraestrutura inadequada.
Em média, 5,7% dos adultos entre 15 e 49 anos estão infectados com o HIV no país, em uma população total de cerca de 45 milhões. Um dos sucessos da Tanzânia é a diminuição da transmissão de mãe para filho.
O Hospital Temeke, em Dar es Salaam, é um exemplo dos desafios enfrentados no combate à Aids. "O espaço é pequeno, falta o básico e só temos uma ambulância velha", diz o médico Amaani Malima.
O hospital tem um moderno laboratório de diagnósticos. Mas uma vala com água suja atravessa o terreno, parte dele repleta de lama e de poças d'água quando chove. E chove muito na Tanzânia.
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