FONTE: *** oqueeutenho.uol.com.br
O desejo de realizar uma obra de arte única ou de expressar uma filosofia de vida, através de uma tatuagem, pode se transformar em um pesadelo se houver arrependimento, por causa das dificuldades em se remover as imagens.
Segundo Luiz Henrique Paschoal, médico especialista em dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia em São Paulo (SBD-RESP) “toda tatuagem pode ser removida, mas os pigmentos claros são mais difíceis, o que pode resultar em cicatrizes ou ainda a permanência de pigmento.”
A tatuagem é feita com a aplicação de pigmentos na pele, os quais atingem a derme – camada mais profunda da pele – e daí as complicações no momento de retirá-la, pois as intervenções possíveis podem afetar os tecidos vizinhos, originando os problemas que deixam as marcas após a retirada.
Beni Moreinas Grinblat, médico dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) explica que as técnicas disponíveis para a remoção de tatuagens são:
• Lixamento – como o próprio nome diz, trata-se de um lixamento da pele que visa à remoção da tatuagem. Toda a região onde foi feita a tatuagem é tratada e há riscos de manchas e cicatrizes e por isso esse método é pouco utilizado;
• Retirada cirúrgica da tatuagem – como qualquer cirurgia, deixará uma cicatriz no local;
• Laser q-switched de ruby e/ou de Nd-Yag – o raio laser é uma luz que age especificamente na tinta da tatuagem, poupando o tecido a seu redor; consequentemente, com o tratamento a laser há menor risco de cicatrizes. Os pigmentos escuros (azul e preto) são os mais fáceis de ser removidos; já o amarelo dificilmente será atingido.
“A retirada com o laser é feita em diversas sessões, 8 em média, o que pode representar um custo significativo para o paciente”, alerta Grinblat, completando ser importante uma reflexão prévia antes de se fazer a intervenção.
O tratamento com laser não é indolor, sendo muitas vezes realizado com anestesia tópica.
“Durante o tratamento, o uso de protetores solares é indispensável”, lembra Grinblat. Quanto a realizar uma tatuagem no local onde havia outro desenho, em tese, é possível, mas, depende de a retirada não ter deixado partes do pigmento anterior ou sinais que possam interferir no novo desenho.
Mas, se mesmo diante dos possíveis riscos as pessoas desejarem fazer a “tatoo”, Paschoal oferece alguns cuidados importantes:
• Manter o local da tatuagem sempre limpo para se evitar infecções de pele e lesões de acne;
• Observar as condições de higiene no local onde se pretende fazer a tatuagem;
• Exigir o uso de materiais descartáveis e que não são reutilizados, além da higiene do próprio profissional.
“Com esses cuidados, será possível evitar que a tão sonhada obra de arte se transforme em uma cicatriz”, completa Paschoal.
*** da Redação do Portal “O que eu tenho?”
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