sábado, 1 de outubro de 2011

CORREIO SAI ÀS RUAS EM BUSCA DA RESPOSTA: POR QUE AS MULHERES TRAEM?...

FONTE: Victor Uchôa (victor.uchoa@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.

Em pesquisa publicada no jornal, 28,1% das entrevistadas confirmaram que já pularam a cerca.

A culpa é da cidade. Sim, segundo a universitária Sandra Oliveira, 25 anos, “o clima de Salvador conspira para a traição”.

Namorando há três anos com um espanhol que vive em Madri, a estudante de Administração não demora para admitir que já enfeitou a cabeça do parceiro distante.


“Essa cidade é demais. A gente chega na praia, conhece alguém, aí já viu né? Acho que é o dendê, muito quente”.

Se tivesse respondido à pesquisa sobre Traição na capital baiana realizada pelo instituto Futura e publicada na edição de quinta-feira do CORREIO, Sandra estaria entre as mulheres que confirmaram já ter pulado a cerca: 28,1% das entrevistadas.

Os números ganharam as ruas e deixaram o mulherio indócil.


De um lado, as que já traíram e assumem sem rodeios, como Sandra e a corretora de imóveis Valdinéia Monteiro, 32 anos, que chegou a listar motivos para o zig feminino: vingança, insatisfação com a relação atual, acomodação do parceiro e curiosidade estão na lista dela.

“Valdinéia é uma sábia”, pensou alto uma repórter do CORREIO. E ela não está só. A estudante de Arquitetura Mônica Paes, 24 anos, concorda com a lista e, ajudada por quatro amigas, adiciona novos tópicos.

“Bebida às vezes influencia e viajar também, afinal num lugar novo tudo é diferente”, disse a jovem, que revelou já ter contemplado um ex com um par de galhos.

ANTICHIFRE.

Na trincheira oposta, organiza-se a Frente das Mulheres Antichifre. Entre elas está a fisioterapeuta Denise Matos, 29 anos, que dispara contra a lista de Valdinéia. “Isso é desculpa pra aprontar. Quem gosta não trai”.

E se pintasse um bonitão da moda procurando gaiatice? Denise se exalta: “Tipo um Malvino Salvador? A gente só pode lamentar por não ter um em casa. É bom nem olhar muito pra não comparar”.

Outra que não bota muita fé nas justificativas é a estudantes de Psicologia Júlia Toulier, 18, que namora há dois anos.

“Não traio por meus valores. E não acredito em traição por vingança”, diz. Sincera, ela revela que já foi traída pelo atual namorado, perdoou e agora tenta tocar a relação sem pensar muito no caso.

Já a estudante de Engenharia Camila Coutinho, 21 anos, acha a lista de Valdinéia muito boa, mas defende que o fator crucial para uma traição é a vontade. “Se uma mulher chega a trair, é porque não quer nada com o namorado”.

Na cabeça do antropólogo Roberto Albergaria, “o corno é uma espécie em extinção”. “A traição está perdendo o sentido porque as relações são fluidas. Ninguém precisa trair. Acaba e vai atrás de outro”, diz ele, lembrando da obra Amor Líquido, em que o sociólogo polonês Zigmunt Bauman aborda as relações contemporâneas como uma substância que se move e escorre sem obstáculos.

Líquido ou concreto, para a estudante de Psicologia Mariana Holding “o amor move”, tanto que ela tatuou isso no tornozelo. Envolvida com um “paquera”, ela diz que faz de tudo para vir a amar o rapaz, justamente para entrar na fase de não trair.


“Com paquera pode, né?”, brinca.
Se pode ou não, cada um resolve. Mas numa coisa Mariana tem razão: o que é que move as saidinhas, as certinhas e qualquer outra pessoa?


MOTIVOS.

VINGANÇA: “Mulher não trai, mulher se vinga”, cantam


INSATISFAÇÃO: Relações frias impulsionam uma traição


CURIOSIDADE: Desejo de experimentar algo diferente


VIAGENS: Lugares novos, pessoas novas...


FESTAS: Muita gente, bebida, bom papo...

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