Antes, Alessandra já havia se consultado com outro médico que se recusou a fazer a cirurgia plástica.
Uma mulher morreu no domingo (25) em decorrência de uma embolia pulmonar depois de passar por procedimentos cirúrgicos estéticos em Governador Valadares, em Minas Gerais. Alessandra Fernandes Silva, 41 anos, deu entrada no Hospital São Vicente para fazer as cirurgias no sábado.
Segundo o marido de Alessandra, o comerciante Wilsirley da Silva, a esposa iria fazer uma cirurgia de mama e outra no abdômen. "Mas quando fomos visitá-la ela estava toda enfaixada. Havia feito ainda procedimentos cirúrgicos nos lábios, nariz, rosto e nádegas. Acho estranho tantas intervenções de uma única vez”, disse ao portal G1 Wilsirley.
Antes, Alessandra já havia se consultado com outro médico que se recusou a fazer a cirurgia plástica. "O médico disse que ela estava muito ansiosa e que não faria as plásticas porque poderia haver risco", diz a mãe da vítima, Eva Fernandes de Lima.
Segundo a família de Alessandra, ela começou a apresentar complicações depois da aplicação de um medicamento. "Ela estava bem, mas reclamava de algumas dores e que não conseguia dormir. Foi então que aplicaram um medicamento no soro e ela começou a passar mal. A notícia da morte dela pegou todos nós de surpresa", diz a mãe.
Alessandra era dona de casa, mãe de quatro filhos, e sonhava com as plásticas. "Era um sonho dela, ela queria muito, mas não precisava, minha esposa era muito linda", garanta o marido.
Embolia.
O médico responsável pelas cirurgias de Alessandra, Walter Pinto, divulgou nota sobre o caso na segunda-feira (26), informando que o laudo médico pericial detectou que a morte da dona de casa foi causada por embolia pulmonar. O resultado será confirmado por exames posteriores que serão feitos em Belo Horizonte.
Essas complicações são causadas quando um coágulo de sangue se desprende e vai até o pulmão, o que impede a respiração do paciente.
De acordo com Wander Pinto, a paciente foi submetida a cirurgia de dermolipectomia abdominal e mastoplastia de aumento com inclusão de silicones, por via abdominal. "O tempo cirúrgico foi de aproximadamente quatro horas, sem qualquer intercorrência. A paciente recebeu a visita médica às 23h30, quando foi medicada para dor. Ela estava lúcida e clinicamente estável, com funções vitais normais", diz o médico;
O cirurgião diz que acompanhou o caso e conversou com a paciente enquanto a medicava, o que durou 20 minutos. Depois, a deixou aos cuidados da equipe de enfermagem. Por volta das 0h50, ele recebeu a informação de que Alessandra estava passando mal.
"Em aproximadamente três minutos a equipe iniciou os procedimentos cabíveis à emergência e à tentativa de ressuscitamento da paciente. A mesma foi levada ao bloco cirúrgico com ajuda da equipe de enfermagem, continuado o procedimento de rotina para a condição de emergência, solicitado a presença do anestesista e da equipe do SAMU. A paciente entrou em quadro de medriase fixa bilateral sem responder aos medicamentos. Junto com o colega do SAMU caracterizou-se o quadro de óbito", finaliza a nota.
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