FONTE: Nicholas Bakalar, The New York Times (noticias.uol.com.br).
Usando grandes registros nacionais de câncer, pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças descobriram enormes disparidades raciais na gravidade, tratamento e mortalidade do câncer de mama.
Embora as mulheres negras façam mamografias com mais frequência que as mulheres brancas, no momento do diagnóstico a doença geralmente já se espalhou para outros órgãos em 45% dos casos de câncer em mulheres negras, versus 35% em mulheres brancas, descobriram os pesquisadores. As mulheres negras se saem pior em cada fase: acompanhamento de resultados anormais, início e fim do tratamento.
As mulheres negras têm uma incidência ligeiramente menor de câncer de mama do que as mulheres brancas, mas sua taxa de mortalidade pela doença é de 41%.
Mesmo entre mulheres com planos de saúde semelhantes, as mulheres negras têm intervalos mais longos entre o diagnóstico e o início do tratamento.
A qualidade dos cuidados de saúde é uma das razões para essa diferença. A biologia é outra. As mulheres negras são mais propensas a ter os tipos de tumores que possuem um prognóstico pior.
"É um problema complexo, mas há componentes claramente evitáveis que podemos enfrentar e resolver as questões relacionadas à qualidade dos cuidados de saúde", disse um dos autores do relatório, o médico Marcus Plescia, diretor da divisão de controle e prevenção do câncer no Centro de Controle e Prevenção de Doenças. "É hora de avançar e dizer que essa diferença é inaceitável."
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