FONTE: msn.minhavida.com.br
Anticoncepcional com estrógeno e progesterona é um perigo às fumantes.
As pílulas anticoncepcionais destacam-se na lista dos métodos contraceptivos com grande eficácia. A margem de falha entre as mulheres que fazem o uso correto dos comprimidos é de 0,1%.(Saiba mais sobre os diversos tipos de métodos contraceptivos) Mas essa mesma pílula pode ser fonte de muitos problemas caso você resolva combiná-la ao cigarro. A Organização Mundial da Saúde recomenda que mulheres fumantes com mais de 35 anos não recorram às pílulas combinadas (que contêm estrógeno e progesterona em sua formulação), pois foi observado que essas pacientes apresentam mais riscos de terem infarto, derrame e trombose venosa , alerta Cassiana Giribele, membro do Conselho Editorial da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana.
O fato é que a combinação entre o tabaco e a pílula à base dos dois hormônios, aliada à idade e a outros fatores de risco, como colesterol elevado, obesidade e hipertensão, aumenta as chances de coagulação, ocasionando o entupimento das veias e levando ao desenvolvimento de tais males. (Veja como controlar o colesterol).
De acordo com Cassiana, fumantes que usam os anticoncepcionais orais, mas acreditam estar longe dos problemas por terem menos que 35 anos, também precisam ser alertadas. É importante se conscientizar sobre os riscos futuros, que vão crescendo conforme o uso do cigarro ao passar do tempo , diz. Conseqüências como derrame e infarto demoram cerca de cinco a dez anos para aparecerem. Por não ser um dano tão imediato quanto a trombose venosa, que surge entre seis meses e um ano, as pacientes acabam não se dando conta do perigo e continuam a usar pílula, sem abandonar o hábito de fumar , alerta a médica da SBRH. (Todos os truques para você abandonar o cigarro de vez).
A especialista conta que a OMS estabelece critérios médicos de elegibilidade para a prescrição de métodos anticoncepcionais. Estes critérios se dividem em quatro categorias de risco. Na primeira, o método pode ser usado sem nenhum risco à saúde. Na categoria dois, as vantagens dos métodos superam os riscos, o que significa um risco pequeno. A terceira categoria indica que o risco do uso do método supera os benefícios e outro método deve ser escolhido. Já na quarta categoria, há uma contra-indicação formal de determinado método , explica. Fumantes com menos de 35 anos se encontram na segunda categoria, enquanto as pacientes acima dessa idade se enquadram na quarta.
PREVENÇÃO E SAÚDE GARANTIDAS.
Se mesmo com os alertas sobre todos os riscos da combinação de hormônios com tabaco, a paciente não tiver intenção de parar de fumar, o melhor caminho é recorrer a outros meios para prevenir a gravidez.
Por utilizarem os mesmos hormônios que as pílulas combinadas, o adesivo e o anel vaginal também não são recomendados para pacientes fumantes com mais de 35 anos , informa a especialista da SBRP.
Na lista dos métodos contraceptivos que podem ser escolhidos pelas fumantes, estão a pílula que contém somente progesterona em sua fórmula, a injeção trimestral também à base de progesterona, o implante subdérmico, o DIU de progesterona e o DIU de cobre. Sem esquecer, é claro, do preservativo. A camisinha é fundamental para quem não só quer prevenir a gravidez, mas também passar longe das doenças sexualmente transmissíveis , aconselha Cassiana. (Camisinha, sim. Mas qual?).
EFICÁCIA INTACTA.
Apesar dos prejuízos à saúde, o cigarro não influencia no efeito da pílula, segundo a especialista. Apenas medicamentos que mexem com o metabolismo do fígado, como remédios para controlar convulsões epiléticas e para tratar tuberculose, interferem no efeito da pílula , conta. Quanto aos antibióticos, Cassiana diz que eles têm efeitos bem variáveis. A maioria dos antibióticos comuns não interage com a pílula. Porém, se houver dúvida sobre o antibiótico usado diminuir o efeito da pílula, recomenda-se que a paciente utilize o preservativo durante o tratamento . (Vacina só protege contra alguns tipos de HPV ).
A médica da SBRH lembra que a segurança do método depende muito da conduta da paciente. Esquecimento de comprimidos e variação constante na hora em que eles devem ser ingeridos são exemplos de erros da paciente que aumentam as chances da pílula falhar , alerta Cassiana. Segundo ela, a partir de 6 horas de diferença de horários entre um dia e outro, as taxas de falha aumentam significantemente. E se passar de 12 horas, é melhor tomar dois comprimidos no dia seguinte , aconselha.
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