FONTE: msn.minhavida.com.br
Pesquisadores americanos desenvolveram drogas para combater o sedentarismo.
Cientistas americanos anunciaram uma boa nova àqueles que preferem evitar a fadiga: a descoberta de duas substâncias que reproduzem os efeitos biológicos dos exercícios.
No estudo recente, os pesquisadores do Howard Hughes Medical Institute, na Califórnia, investigaram a atuação de duas pílulas voltadas para o desenvolvimento de músculos, o aumento da disposição e a queima de gordura. Os testes foram feitos em camundongos.
As duas drogas, chamadas AICAR e GW1516, foram desenvolvidas para exercer influência em um gene participante da formação de músculos. O gene que leva o nome de PPAR-delta controla a atividade de outros genes, sendo capaz de produzir um efeito generalizado no funcionamento do corpo.
Na prática, os estudiosos alteraram geneticamente os camundongos, a fim de aumentar a atividade do gene PPAR-delta. Os resultados mostraram o desenvolvimento de músculos com mais propensão à queima de gorduras. A partir desta experiência, os pesquisadores desenvolveram as drogas, produzindo efeitos semelhantes aos da alteração genética.
A pílula feita à base da droga GW1516 teve o efeito de aumentar a queima de gorduras. Mas, as mudanças no desempenho dos animais só aconteceram depois que eles foram submetidos a longas sessões de esteira, correndo 77% mais tempo.
Já a droga AICAR agiu de maneira diferente sobre o desenvolvimento muscular. Os animais que receberam a substância não precisaram passar por um treinamento adicional. Depois de apenas quatro semanas consumindo a pílula, eles foram capazes de correr 44% mais.
Os pesquisadores defendem que as duas pílulas podem, um dia, ser benéficas aos humanos. Consumindo uma delas, os resultados dos exercícios seriam intensificados. Já a outra, agrada aos sedentários que querem conquistar a mesma forma dos praticantes de atividades físicas.
Vale lembrar, no entanto, que a idéia ainda é polêmica e que os riscos do sedentarismo são grandes. "Pacientes sedentários têm um risco de mortalidade maior em relação àqueles com problemas de coração, mas que realizam alguma atividade física regularmente", afirma o clínico Daniel Kopiler, especializado em Medicina do Exercício.
De acordo com o especialista, o ideal é praticar exercícios aeróbios, pelo menos, 30 minutos, três vezes por semana. Além disso, Kopiler aconselha aliar exercícios que fortaleçam os principais grupos musculares (membros superiores, inferiores, abdômen e costas). Mas sempre, claro, passando por um check-up médico antes de iniciar qualquer tipo de atividade física , alerta.
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