quarta-feira, 29 de junho de 2011

UNIVERSIDADE MOVIMENTA COMUNIDADE A FAZER O ‘TESTE DA ORELHINHA’ EM BEBÊS...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.


Essencial para a saúde do bebê, o “teste da orelhinha” ou triagem auditiva neonatal é um exame importante realizado nos recém-nascidos, a partir do segundo dia de vida, para detectar precocemente dificuldades de audição que podem desencadear surdez. Em 2 de agosto, a Lei Federal nº 12.303/2010, que tornou o exame obrigatório e gratuito em todos os hospitais e maternidades privadas e públicas do Brasil completa um ano, mas ainda há muito a fazer para orientar a comunidade baiana.


Rápido, indolor e sem contra-indicação, o “teste da orelhinha” é feito na clínica-escola do curso de Fonoaudiologia da UNIME Lauro de Freitas desde 2006, nas manhãs de quarta e sexta-feira, e no Hospital Menandro de Farias, graças à parceria com a instituição, na segunda-feira, ambos no período matutino.


As mães podem agendar o atendimento pelo telefone (71) 3378-8118 e devem apresentar um comprovante de residência e a certidão de nascimento do bebê.


Após o exame é possível iniciar o diagnóstico e o tratamento das alterações auditivas com o objetivo de minimizar os prejuízos acarretados pela deficiência. Por meio dessa iniciativa, mais de 1 mil bebês já fizeram o exame nos últimos anos, no entanto todo o esforço ainda não é suficiente para esclarecer a população.


“A lei trouxe respaldo jurídico, mas não conhecimento. Precisamos fazer um trabalho junto às mães ainda no pré-natal, pois muitas nunca ouviram falar do teste”, explica a professora Cecília Pereira, responsável pela triagem auditiva neonatal na UNIME.


“Cuidar da audição nos primeiros meses é fundamental para o pleno desenvolvimento da fala, linguagem e aprendizagem das crianças. O papel do fonoaudiólogo é esclarecer à família que esse sentido é uma porta de entrada para um mundo de comunicação”, afirma Cecilia. “Existem quatro graus de surdez: leve, moderado, severo e profundo.


Aproximadamente uma em cada mil crianças nasce com surdez profunda enquanto muitas nascem com grau menor e outras adquirem após o nascimento. O exame é a única estratégia capaz de detectar perdas auditivas congênitas que podem interferir na qualidade de vida do indivíduo”, completa.


Segundo a docente, em cada 10 mil recém-nascidos, 30 podem apresentar alteração auditiva contra apenas uma possibilidade no teste do pezinho. A estatística mostra a importância do exame, que deve ser realizada antes da alta médica. “A alteração auditiva pode ser congênita e hereditária sem nenhum fator de risco.


Para os recém-nascidos prematuros, na incubadora ou que passaram pela UTI Neonatal, as chances de alterações auditivas são maiores”, ressalta. “Após os seis meses é muito comum perceber que o bebê está lento e tem indício de perda auditiva. Mesmo em grau profundo, com o tratamento iniciado nos primeiros meses de vida, as chances de desenvolver linguagem são próximas à da criança ouvinte.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário